sexta-feira, 22 de junho de 2007

http://homepage.mac.com/eeskenazi/yates.html
Apuntes sobre Giordano Bruno
& el arte de la memoria *
Frances A. Yates
Selección & notas de Enrique Eskenazi
"El núcleo mágico del platonismo ficiniano; la confusión establecida entre ideas, imágenes mágicas y hermetismo. En opinión de Mersenne, atribuir semejantes poderes a tales imágenes es sencillamente una locura... Mersenne es un pensador moderno; ha cruzado la línea divisoria y se encuentra del mismo lado que nosotros; creer en el poder de las imágenes mágicas le parece absolutamente demencial. Un dibujo de Mantegna, según él, tiene más valor que todas las imágenes juntas de los nigromantes. Y su condena a estas imágenes no proviene del temor sino de la opinión de que están privadas de todo sentido. Mersenne, que repudia por completo la astrología, detesta consecuentemente la magia astral, las milagrosas virtudes atribuidas a las plantas, piedras e imágenes y todo el aparato sobre el que se fundamenta la magia naturalis".
Notas(1) Para la relación entre el hermetismo y la "revolución copernicana", consultar el artículo de Darcy Woodall: "Una astrología hermética. Del Renacimiento al comienzo de la Edada Moderna" (volver)(2) Marsilio Ficino (1433-1499), filósofo, mago, traductor, sacerdote e ingenioso escritor, fundador de la Academia Florentina, fue el artífice del apogeo del neoplatonismo en el Renacimiento. (volver)(3) Giulio Camillo Delminio fue uno de los personajes más famosos del s. XVI por su construcción de un modelo de teatro de tamaño natural y su obra "Idea del Teatro" (publicada en Venecia 1550). Su teatro era de hecho una construcción para la memoria que representaba el orden de las verdades eternas y presentaba los diversos estadios de la creación, desde la Primera Causa hasta el hombre, pasando por el plano angélico y las esferas planetarias. (volver)(4) Nombre de una obra "mnemotécnico-mágica" de Giordano Bruno (volver)(5) Metrodoro de Escepsis, pensador griego que, de acuerdo a Quintiliano, basaba su arte de la memoria en el zodiaco, y "que profesaba el arte de repetir con fidelidad lo escuchado una sola vez", según escribió Jorge Luis Borges en su notable relato "Funes el memorioso" (volver)(6) Obra retórica/mnemotécnica que durante la Edad Media se atribuyó (falsamente) a Cicerón.(volver)(7) Obra de Giordano Bruno. (volver)(8) Colección de tratados gnósticos de los s.II-III d. C. Si bien el Asclepio fue ya conocido en Occidente durante la E. Media gracias a una traducción latina atribuida a Apuleyo, el Poimandres fue traducido del griego por M. Ficino, y tuvo a partir de entonces gran auge y difusión. (volver)(9) "gran milagro", expresión con la que se refiere al Hombre el Asclepio, y que fue retomada por Pico della Mirandola en su Tratado sobre la diginidad del hombre*Reflexiones tomadas de:Yates Frances A., El Arte de la Memoria (Madrid, Siruela, 2005)Yates Frances A., Giordano Bruno y la Tradición Hermética (Barcelona, Ariel, 1983) (*)

GIORDANO BRUNO: MARTÍRIO DE UM SÁBIO

Os Pensadores Renascentistas
Os Pensadores

Nicolau de Cusa
Bernardino Telésio
Giordano Bruno
Tomás Campanella

AS MIL FACES DO HERÓI NAS HQ's

IMAGENS DE SEDUÇÃO

Imagens de sedução na pedagogia.
“A sedução como estratégia profissional”*
Clermont Gauthier
Stéphane Martineau
"Desde o princípio do século V, ao apresentar os ensinamentos fundamentais para a
formação do bom cristão, Santo Agostinho percebeu a eficácia da linguagem e dos signos
não verbais no processo de transmissão da mensagem cristã. Em seu tratado De doctrina
christiana ele formulou as noções preliminares a respeito do símbolo e da interpretação
simbólica que viriam a ser aceitas no medievo. Estabeleceu a distinção fundamental entre
os signos (signa) e as coisas (res), os primeiros vindo a ser a referenciação da “coisa”,
mas, conferindo a esta “coisa” um certo sentido". Os primórdios da kinésia moderna.
(...)
"Entretanto, para melhor esclarecer a referida função simbólica convém destacar
algumas particularidades da comunicação não verbal. Os princípios metodológicos
aplicados por François Garnier ao estudo das imagens medievais revestem-se de particular
importância para o que pretendemos, uma vez que aquelas representações também
diziam respeito a gestos49. Porém, cumpre lembrar que, em nosso caso, não nos
deparamos nem com uma representação iconográfica do gesto, nem com o gesto em si,
mas apenas com o registro escrito de sinais gestuais. Portanto, para se aproximar do
movimento convencional do corpo, e de seu possível significado, deveremos realizar
operação inversa daquela efetuada pelos monges, quer dizer, deveremos decodificar o
escrito e reconstituir a imagem daquilo que, outrora, constituía um gesto, um sinal".
ABY WARBURG ENTRE A ARTE FLORENTINA DO
RETRATO E UM RETRATO DE FLORENÇA NA ÉPOCA
DE LORENZO DE MEDICI
Aby Warburg into florentine art portrait and the Florence
portrait in Lorenzo de’ Medici’s age
Cássio da Silva Fernandes*

O USO DO CORPO: PRODUÇÃO DE SABERES E HÁBITOS CORPORAIS (José Augusto) UNPB

A ARTE DA CONVERSAÇÃO NA PINTURA

"A conversação deu mesmo origem a um género pictórico muito apreciado, designado conversation piece. Trata-se de um retrato social ou familiar, em média ou pequena escala, em que as figuras surgem geralmente em corpo inteiro. O enquadramento é feito num plano médio, que, sem individualizar demasiado os retratados, lhes caracteriza o porte, a postura e a atenção mútua, através de olhares, sorrisos e pequenos gestos. Aquilo que sobressai é justamente a relação entre os indivíduos enquanto membros de um grupo, expressa pelo autodomínio das expressões faciais e corporais, numa interacção simultaneamente familiar e reservada. A escala destas conversações implica também uma proximidade maior entre o observador e o quadro, muito diferente da distância criada pelos retratos em escala real.
A conversation piece representa frequentemente um círculo familiar recebendo visitas, um círculo de amigos num clube ou num botequim, ou mesmo uma rapariga recebendo a visita de um pretendente. Estes círculos podiam ser mais ou menos alargados, por vezes com indivíduos de grupos sociais diferentes e gerações diferentes. Em geral os indivíduos representados estão a conversar, a ler, a tomar chá, a fumar, a ver alguém a tocar, a assistir a uma representação, etc. O interior doméstico em que as figuras do círculo familiar e doméstico convivem com visitas é um dos cenários privilegiados. O sorriso acolhedor do anfitrião ou anfitriã, por exemplo, é um dos elementos convencionais. Segundo David H. Solkin, a conversation piece seria a materialização pictórica da ideologia da conversação e reflectiria a ansiedade colectiva de uma sociedade comercializada"

A FILOSOFIA NAS ARTES

LINGUAGEM CORPORAL NA TURQUIA


gesto que significa que uma pessoa é homossexual

GESTOS E SEUS SIGNIFICADOS

Gestos
"As pistas que mais facilmente podem ser suprimidas quando mentimos são os gestos. Existem alguns tipos de gestos que merecem atenção:
1) Emblemas são sinais gestuais que, dentro de uma cultura, possuem um significado preciso, sendo usados em lugar de uma palavra ou quando não se pode falar. Os emblemas aparecem cortados e/ou incompletos quando a pessoa mente, surgindo, geralmente, fora da região de apresentação (entre pescoço e quadris). Como exemplos de emblemas, na cultura ocidental, temos o levantar os ombros em sinal de interrogação ou incerteza e o balançar a cabeça em sinal de “sim” ou “não”. Pessoas mentindo levantam sutilmente um dos ombros antes de responder a algumas perguntas, promovendo, desta forma, um sinal de mentira (Ekman,1985). Em resumo, pode-se dizer que os sinais emblemáticos aparecem, deixando escapar informações ocultas, fora da região de apresentação, quando mentimos.
2) Ilustradores são gestos diretamente ligados à fala. Os ilustradores servem apenas para enfatizar ou ilustrar o discurso.Os estudos sobre mentira indicam que há uma tendência das pessoas usarem menos ilustradores quando falseiam uma informação. Na mentira, os ilustradores aparecem fora de sincronia com o discurso. Por exemplo, ao enumerarmos tópicos ilustrando com os dedos (um, dois, três, quatro, etc) estes aparecem atrasados em relação à contagem verbal.
3) Manipuladores ou Adaptadores: Os manipuladores ou adaptadores são gestos que não estão diretamente relacionados à fala. Caracterizam-se como movimentos de auto-manipulação, como coçar o nariz, passar a mão no cabelo, esfregar o queixo, etc. A freqüência de manipuladores aumenta quando a pessoa está tensa e ansiosa (não necessariamente quando está mentindo). Entretanto, como muitas pessoas sentem-se tensas e ansiosas quando estão mentindo, estes gestos podem aparecer nestas ocasiões, em função de um maior “desconforto psicológico”".
DA QUEDA PARA O ALTO:
VÍCIOS E VIRTUDE EM UMA MINIATURA ROMÂNICA
Profa. Dra. Maria Cristina Correia Leandro PEREIRA
Departamento de Teoria da Arte e Música
Centro de Artes – UFES

LIVROS DE EMBLEMAS ESPANHÓIS

OS EMBLEMAS DE ALCIATO

http://www.ces.arts.gla.ac.uk/html/research.htm

"El emblema surgió cuando Andrea Alciato, jurisconsulto italiano, practicando un ejercicio propio de humanistas (traducción, imitación) compuso, inspirándose en la Antología griega, 99 epigramas latinos, a cada uno de los cuales puso un título. Dedicó la obra al duque Maximiliano Sforza y la fortuna quiso que, a través del consejero imperial Peutinger, la obra llegara a manos del impresor Steyner quien, con visión comercial, consideró lo apropiado que sería añadir una ilustración a cada epigrama. La tarea se encomendó al grabador Breuil y el libro salió publicado en 1531 en Augsburg con el título de Emblematum liber. La obra tuvo un enorme éxito (ha alcanzado más de 175 ediciones) y pronto fue imitada por otros, así como comentada. Esta recepción se explica porque el librito recogía sabiamente algo que estaba entre las aspiraciones de algunos círculos de la Europa del momento: la creación de un lenguaje universal, a base de imágenes, a imitación de los jeroglíficos egipcios, pero explicadas con textos, bajo la pretensión de transmitir reglas de conducta de utilidad para el género humano".

REGISTRO

A ESTAMPA RELIGIOSA

O QUE NIETZSCHE TEM A DIZER SOBRE OS SANTOS?

ascese não passa de um orgulho por trás das virtudes cristãs que revela uma vontade de ter poder
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Taí: as biografias de santos - humanistas - imperadores - reis (literatura biográfica)
efígies emblemas de personalidades e famílias florentinas nobres (os Gonzaga)
a questão do poder
a corrente do hermetismo (Giordano Bruno, franciscanos - os neoplatônicos)

quinta-feira, 21 de junho de 2007

OS HOMENS SANTOS

SIGNO SÍMBOLO SIGNIFICANTE SIGNIFICADO: A MORAL DAS CORES

http://paineis.org/C10a.htm

"A tese que procuraremos enunciar passa pela compreensão de que os painéis não são nem um simples retrato de família e de veneração de um santo, nem um poço de numerologias e cabalismos. Parecem ser uma charada intencional, velha de cinco séculos, destinada a ser decifrada por quem estiver de posse das chaves necessárias. Essas chaves encontram-se na história do séc. XV português, na codificação simbólica característica da pintura flamenga coeva, e no simples exame racional dos múltiplos elementos aparentemente absurdos que cobrem os seis painéis de uma ponta a outra, unificando-os sem margem para dúvidas, em oposição aos restantes painéis atribuídos a Nuno Gonçalves (a «Coluna», a «Aspa», e os quatro Santos), que parecem distinguir-se apenas pela mais completa simplicidade e ausência de elaboração simbólica".

OS SANTOS SÓ GOZAM NA DOR

SOBRE A SANTA NUDEZ


"São Cristóvão é o protetor dos motoristas e dos viajantes. Viveu provavelmente na Síria e sofreu o martírio no século III. "Cristóvão"significa "Aquele que carrega Cristo" ou "porta-Cristo". Seu culto remonta ao século V. De acordo com uma lenda, Cristóvão era um gigante com mania de grandezas. ele supunha que o rei a quem ele servia era o maior do mundo. Veio a saber, então, que o maior rei do mundo era Satanás. Colocou-se pois, a serviço deste. Informando-se melhor, descobriu que o maior rei do mundo era Nosso Senhor. Um ermitão mostrou-lhe que a bondade era a coisa mais agradável ao Senhor. São Cristóvão resolveu trocar a sua mania de grandeza pelo serviço aos semelhantes. Valendo-se da imensa força de que era dotado, pôs-se a baldear pessoas, vadeando o rio. Uma noite, entretanto, um menino pediu-lhe que o transportasse à outra margem do rio. À medida que vadeava o rio, o menino pesava cada vez mais às suas costas, como se fosse o pedo do mundo inteiro. Diante de seu espanto, o menino lhe disse: "Tiveste às costas mais que o mundo inteiro. Transportasse o Criador de todas as coisas. Sou Jesus, aquele a quem serves"".




Viveu em 251 DC e é o patrono dos viajantes e é um dos "Quatorze Santos Ajudantes" que apareceram para Santa Joana D’Arc. Um mártir, São Cristóvão chamado Kester morreu em Lycia, na Ásia Menor (atualmente Turquia). Diz a tradição que ele era um homem muito forte que ajudava as pessoas a cruzarem o rio. Um dia um menino pediu para ajudá-lo e São Cristóvão colocou-o nos ombros e começou a atravessar o rio. A cada passo a criança ficava mais pesada e São Cristóvão se esforçava ao máximo para salvar o menino. São Cristóvão disse a criança que estava muito difícil e que parecia estar carregando o mundo! E a criança respondeu:" Não fique surpreso! Você está carregando o mundo, você carrega o criador do mundo nos ombros! O menino era Jesus!Por isso São Cristóvão é invocado por todos antes de fazerem uma jornada. Raramente se vê um táxi ou ônibus sem a medalhinha de São Cristóvão em alguns lugar do painel".



* São Cristóvão, que saiu incólume da fornalha e sarou imediatamente das flechas com que o atravessaram. Por fim alcançou o martírio sendo decapitado à espada (É muito típica este respeito divino à intervenção direta do homem).
saints and their emblens
H. Gunther, se preocupa em descobrir supostas origens pagãs para as práticas de devoção a ele, na Idade Média.

NAS ORIGENS DO HUMANISMO OCIDENTAL: OS TRATADOS FILOSÓFICOS CICERONIANOS

FAMÍLIA FRANCISCANA NO BRASIL


"Até os inícios do século XX pode-se dizer que a vida de Clara era conhecida somente através de biografias cheias de devoção, baseadas sobre a sua Legenda, ora atribuída a São Boaventura ora a Tomás de Celano. Mas vamos elencar alguns momentos que alavancaram o conhecimento da nossa Mãe fundadora"
1) (pintura renascentista e literatura do realismo e do romantismo – o nascimento do indivíduo)

Retrato e biografia:
Biografia dos santos – legenda aurea – virtudes x pecados – o castigo dado à falta moral do santo. Como ele morre, por que dor e de que ele é chamado a curar (força-magia de mal e de bem, de cura ou doença, de sorte ou mau agouro. O puro e o impuro de Bataille e a feitiçaria de Lévi-Strauss). Esse foi um ensinamento retórico passado (por Santo Inácio ou Agostinho?) pelo livro – os exempla. O retrato do santo, sua personalidade. Vou fazer sobre São Cristóvão.
Biografia dos imperadores
Biografia dos humanistas (nobreza italiana, francesa e inglesa)
X
Etnografia: AS RELÍQUIAS ex-votos (esculturas e fotografia – linguagem e significado simbólico/imagem-genealogia e significado simbólico: partes do corpo como oferenda pra comunicar/trocar fé por destino entre deus e devoto - presença maior da cabeça ligada à alma – não se trata aqui de uma lembrança/memória, mas de uma mimese. Uso parecido que identifica a alma do morto com a máscara mortuária é no Egito, para achar o caminho além morte no mundo do hades; a escultura grega nas residências reverenciava um antepassado sumério, e assim como nas esculturas buscavam o modelo e não a fidedignidade dos traços da pessoa real; a escultura romana homenageava uma liderança, tendo a preocupação com o naturalismo, tirando os detalhes defeituosos)
A QUESTÃO DA SALVAÇÃO (UTOPIA DE SANTO AGOSTINHO/DANTE)
Personalidade e as expressões do rosto nos emblemas/inscrições
Indivíduo/pessoa/autoridade/poder/realismo e romantismo
Savater/lombroso/le brun/decartes/
2) Literatura utópica
Jardins
3) arte da memória

a imagem
a representação
corpo/cabeça/emoções/alma – simbologia do corte da cabeça
ícone: como representar o que não pode ser representado?
Disfarce da divindade sob a forma de animais : a pomba simbolizando o espírito santo
Religião: os-ex votos (objetos artísticos)

Retrato, máscara mortuária, escultura (busto), pintura, numismática, selo, camafeu, retrato de família (fotografia)
O objeto de culto
O objeto de arte

A lição de anatomia de Andreas Vesalius e a ciência moderna

Eduardo Henrique Peiruque Kickhöfel
Andreas Vesalius de Bruxelas
De Humani corporis fabrica, Epitome, Tabulae sex
Organização: J. B. de C. M. Saunders e Charles D. O’Malley
Tradução: Pedro C. P. Lemos e Maria C. V. Carnevale
Ateliê Editorial/Ed. Unicamp/Imprensa Oficial SP, 268 págs
.

A IDÉIA DO CAVALHEIRO RENASCENTISTA

"Tal como é pouco rigoroso analisar o Renascimento em termos de um contraste simples e claro com a Idade Média, como fizeram Michelet e Burckhardt, ele também não deve ser tomado como um todo uniforme. Ao período do humanismo cívico sucedeu o domínio dos Médicis em Florença. Nos contactos feitos com eruditos orientais, quando o Conselho de Florença procurava reconciliar as igrejas do Ocidente e do Oriente, num último esforço para afastar a ameaça dos turcos, Cosimo de Médicis sentiu-se atraído pela figura de Platão. Daí resultaram o seu mecenato em relação a Marsílio Ficino e o nascimento da Academia Platónica. Ficino tornou-se discípulo de Platão, defendendo o neoplatonismo.
Talvez por coincidência, mas de forma adequada a uma corte, o ideal contemplativo voltou, mais uma vez, a substituir o activo. Este ideal foi alargado a toda a Europa através de um livro que espelhava a mais nobre das cortes italianas, a de Urbino: O Livro do Cortesão, de Baldassar Castiglione. Publicada em 1528 (ou seja, após o saque de Roma de 1527), esta obra contém uma visão nostálgica dos princípios civilizacionais cultivados em Urbino, no tempo de Federigo da Montefeltro, num dos mais belos palácios principescos. Além de expor à Europa, nas suas conclusões, as ideias do neoplatonismo, mais do que o estatuto do cortesão definia o ideal do cavalheiro. Nenhum outro livro deste tipo conseguiu concentrar tão bem os ideais do Renascimento italiano".

L’Archivio di Stato a Padova

fantasia
http://www.ocaiw.com/catalog/?lang=en&catalog=&author=523&name=Andrea+Mantegna


Storia dell’incisione del disegno e della grafica
Marzia Faietti

I disegni a penna di Andrea Mantegna e le incisioni di e da Mantegna.
Tecniche di simulazione della natura


"Andrea Mantegna introduziu seus famosos manuscritos em Pádua. Feliciano de Verona, compilou uma coleção de textos a Mantegna".





Humanista riguroso, dejó su huella en el libro de las dos maneras características del Renacimiento: a través de las soberbias ilustraciones de uno de los primeros y mejores grabadores y a través de la elaboración de un tratado sobre la construcción de letras".




O MANUSCRITO VOYNICH

"ilustraciones de mujeres desnudas, plantas y constelaciones. Los vegetales que muestran no existen en la naturaleza, y la mayoría de los diagramas astronómicos son también desconocidos".
(...) "En la misma línea, Rugg opina que su sistema de analizar problemas complejos que requieren del conocimiento de especialistas en varios campos (en el caso del manuscrito, por ejemplo: lingüistas, historiadores, criptógrafos, medievalistas y filólogos) puede ayudar a aproximarse a otros misterios aún no resueltos que significan la diferencia entre la vida y la muerte para muchas personas. Las causas de enfermedades como el Mal de Alzheimer caen de lleno dentro de esta categoría de problemas científicos, y Rugg cree que su análisis de “zonas grises” puede ayudar a la ciencia a responder preguntas que en apariencia no tienen solución".

Voynich era um comerciante de livros raros para colecionadores que tinha entre seu acervo obras ilustradas a mão de Mantegna e Giotto ...

A MONTAGEM DO FILME COMO PRODUTORA DE SENTIDO a la combinações opostas formando um conceito como numa linguagem hieróglifa

ver p. 71

quarta-feira, 20 de junho de 2007

EGIPTOLOGIAS E ELEFANTES: capítulo do blog COCANHA que nos conta o romance de Polifilio

uma gravura que está no romance





gravuras com mistérios e escrita hieroglífica + rebus comuns nas cortes renascentistas viraram charadas populares publicadas antigamente em jornais ao lado de palavras cruzadas.





a decifração dessas gravuras fica uma coisa erudita. Acessível apenas aos intelectuais e príncipes (usadas em suas empresas), assim como ilustram emblemas e incorporam a tradição hermética alquímica.





O que eu vejo aqui é uma interpretação laica e não religiosa do neoplatonismo de que faz parte Marcilio Ficino. Atenção para a forma. São poucos que conhecem seu significado. São poucos os iniciados.
(Curiosidade: "Na época do Renascimento, muitos pensadores e filósofos, como Marcílio Ficino e Giordano Bruno, sentiam-se atraídos pelo seu mistério, pela escrita hermética que se acreditava provir de lá e pelos seus indecifráveis hieróglifos (tidos por muito como alfabeto de Deus). Nada disso desejava Napoleão. Nem mistérios, nem catar almas danadas vagando pelas tumbas ilustres, nem tentar desvendar segredos insolúveis. Isso era coisa para hierofantes e para místicos. Orientou seus sábios para que tudo o que fosse encontrado nas areias e nas tumbas do Egito fosse arrolado, estudado e classificado segundo os últimos recursos da ciência. Fugia-se da superstição e do ocultismo. Acreditavam os cientistas que aquilo que não se sabia no momento seguramente seria revelado no futuro. A Razão é paciente e perseverante").

Escrita simbólica de Mantegna a Durher. Esforço de artistas e intelectuais para decifrar essa genealogia de hieróglifos. Criaram também suas própria composições em forma de enigmas.


ápice desse gosto pela escrita de enigmas: a novela de Polifilio. Novela de amor e arquitetura, de Francisco de Colonna.


"todo o humano é apenas sonho" e "recorda coisas digníssimas". Cada capítulo inicia com uma letra capital, a soma de cada uma no início de cada capítulo dá uma FRASE EM LATIM.


Polifilio é o herói do romance e é amante da beleza, representando-a como uma virtude e uma forma de conhecimento.





A BELEZA (AMOR)


Nossa! Que trágico tem essa história: o garoto Políbio conquista a amada Polia nos prazeres carnais, mas descobre que no final das contas foi tudo um sonho. Ela já tinha morrido, ele descobre! Que tétrico! Banho de água fria!
Isso é bem um pesadelo mesmo delirante!

No sonho passam arquiteturas fabulosas (jardins, ruínas com estátuas cheios de hieróglifos que vão dando pistas para matar a charada do "sentido metafórico daquele corpo arquitetônico e erótico-amoroso"). Ou seja todas aquelas imagens oníricas são metáforas pra uma verdade mais profunda que se deve desvendar pelos hieróglifos.


AMOR MUNDI




LIBIDO AEDIFICANDI




encaminham para um "corpo humanista" de realização e não contemplação (como os medievos).




As gravuras desse romance foram parar na decoração de arquiteturas e textos




SALA CAPITULAR DO CONVENTO DE SÃO PAULO DE PARMA




CLAUSTRO DE SANTA JUSTINA EM PÁDUA




CLAUSTRO DA UNIVERSIDADE DE SALAMANCA




OS ELEFANTES

gravura do romance é uma charada alegórica de caráter político (efeitos da concórdia x discórdia)
Para dar forma a uma máxima (texto clássico) que fala dessa relação entre discórdia e concórdia, Colonna recorreu a uma fábula de Mercúrio, tomando assim o caduceu como símbolo pacificador da contenda entre duas serpentes.
Comparadas a gravura de Colonna (um rebus) com o medalhão de Salamanca vê-se que os lados do caduceu são antagonizados pelos elementos água e fogo.
parte inferior: gigantes elefantes de costas (razão x poder - discórdia) se transformam em formigas
parte superior: elefantes de frente (concórdia) se transformam de formigas em elefantes gigantes

ver no blog o outro exemplo do elefante.

HÁHÁ HÁHÁ HÁHÁHÁ HÁHÁ HÁH'HÁ

O ESTADO ITALIANO E O INDIVÍDUO

BURKHARDT, Jacob. A Cultura do Renascimento na Itália. São Paulo: Cia das Letras.1991

riqueza humana representada na literatura e na arte com seus defeitos e virtudes, individualismo, retrato, personalidade facetada: biografia é marcada por diletantismos - "homens enciclopédicos".

GLÓRIA MODERNA

"Fora da Itália, as diferentes camadas sociais viviam cada uma por si, com suas respectivas noções de honra remanescentes das castas medievais. A gloria literária dos trovadores e Minnesänger, por exemplo, restringe-se ao interior da cavalaria. Na Itália, ao contrario, a igualdade das camadas sociais precede o surgimento dos tiranos ou da democracia.
A gloria moderna, deu-se principalmente através dos trabalhos de Dante, Mussato, Petrarca que foi responsável pela “Carta a Posteridade”.
Ligados ao culto da casa onde nasceram as celebridades encontram-se também seus túmulos, para as cidades tornou-se questão de honra possuir os ossos de celebridades nativas e estrangeiras ao contrario da Antiguidade, onde só eram famosas as residências de santos como São Francisco, por exemplo. Ao longo desses templos locais da fama para cuja ornamentação convergem ao mito, a lenda, o renome conferido pela literatura e a admiração popular. Esse novo elemento relativamente moderno passa a receber, pouco a pouco um tratamento cada vez mais enfático, os historiadores começam a inserir descrições de caráter em suas obras, dando origem a coletâneas de biografias dedicadas a seus contemporâneos famosos".

Itália = escola de injúrias presente na literatura (cantigas da poesia provençal, novelas, sonetos imitando os lamentos de amor de Petrarca - isso estava como que para as paródias dos gregos).
Florença = mercado da fama
Personagem mestre nesse escárnio é Aretino, de Roma.


O edifício e a tradição. A república intergeracional
Gustavo Pimenta de Pádua Zolini
Tatiana Harue Dinnouti
ARQUITETURA/UFMG

http://html.rincondelvago.com/renacimiento_22.html *****
http://html.rincondelvago.com/pintura-renacentista-italiana.html *****
e-Art Magazine (pintura profana se apropria da religiosa): http://www.eartmagazine.com/readart.asp?f=&id=1681&cat=16&language=ita

A MITOLOGIA CLÁSSICA NO HUMANISMO DO RENASCIMENTO PORTUGUÊS

RENASCIMENTO E ANTIGUIDADE: ROSTOS E PAISAGENS

"O abandono dos idealismos levou os artistas a observar a realidade quotidiana, o interesse pelo homem, seu corpo, sua face, mesmo sendo feia. Descobriram a paisagem e mostraram interesse pelos detalhes. Aspecto essencial do renascimento que se difundia por todo o continente europeu. Assim, o século XV reintegra, mesmo nas obras religiosas, o mundo dos homens, com suas misérias e as suas deformidades e fealdades. Era sensível a diversidades das faces humanas; descobriu-se nelas um tema inesgotável para a arte, então ao retratar o homem do dia a dia e a si mesmo, estudando os modelos, mostrando seus defeitos, suas imperfeições, não os retratando como algo belo e angelical, sendo o renascimento um movimento de regresso ao homem. Os artistas do século XV foram grandes humanistas e autênticos produtores da cultura nova.
As paisagens também se destacavam em seus detalhes minuciosos. Um exemplo disto é o Políptico do Cordeiro Místico, uma paisagem arejada e clara que pode parecer artificial, mas os botânicos já identificaram nela mais de cinqüenta espécies de flores e plantas. Juntamente com esta curiosidade científica, aprofundaram-se os estudos de iluminação. Assim, as pesquisas transformaram a arte européia entre os séculos XIV e XVII".

HISTÓRIA DA LITERATURA

HUMANISMO - escola literária
a prosa humanista

LITERATURA LATINA NO RENASCIMENTO: UM CONTINENTE PERDIDO

"Cuando en Europa el latín supervivía fragmentada y disparmente en los documentos de médicos, burócratas, abogados y clérigos, los humanistas del Renacimiento se propusieron revivir las mejores tradiciones literarias del latín clásico, al que dieron una nueva vida. Con ese pulido y refinado lenguaje, quienes conformaron este movimiento intelectual, desde el Mediterráneo hasta el norte de Europa, sentaron las bases de muchas de las prácticas académicas e intelectuales que conocemos hoy. En la siguiente reseña, Anthony Grafton reseña algunas obras renacentistas publicadas por la Serie I Tatt: "Dispersos en bibliotecas y librerías, asignados en clase y recomendados en conversaciones, por generaciones estos volúmenes infectarán a los lectores con el sentido histórico y el cinismo político, el escepticismo y el idealismo, y el indeclinable amor por el latín de los humanistas del Renacimiento"".

Humanismo
Contexto Histórico
A crônica de Fernão Lopes
Poesia palaciana
O teatro de Gil Vicente

"Um melhor reconhecimento dos textos antigos:
É verdade que a Antigüidade nunca fora totalmente esquecida, mas tinha sido transformada. As monjas liam Ovídio, mas um Ovídio moralizado. No romance de Tróia ou de Enéias, em certas traduções de Tito Lívio ou de Valério Máximo, nas miniaturas, os heróis antigos eram cavaleiros e as deusas eram grandes senhoras vestidas à moda de Carlos VI ou de Carlos VII. Os humanistas, pelo contrario esforçaram-se – sem sempre o conseguir, é verdade - por encontrar uma Antigüidade mais autêntica. Os primeiros, a começar por Petrarca, foram, pois, principalmente, pesquisadores e colecionadores de manuscritos que encontraram as obras de Tácito, cartas de Cícero, peças de Plauto.
A restituição da dignidade, a uma escala nunca vista, às três grandes literaturas antigas (grega, romana e hebraica) foi, pois, uma realidade na época do renascimento. A este respeito o humanismo e a imprensa estiveram lado a lado, apesar de a imprensa ter, nessa altura, difundido um número considerável de obras que não refletiam a nova cultura"
.
... "A Antigüidade como fonte de Inspiração
O interesse dos artistas pelas esculturas e monumentos da antiguidade foi aumentando durante os séculos do renascimento. Naturalmente, manifestou-se na Itália mais cedo que nos outros países. Inspirando-se na Antigüidade, procurando captar a realidade do mundo físico, os pintores aperfeiçoaram a técnica da perspectiva.
O corpo humano era exaltado na escultura e na pintura, orgulhosos do seu trabalho individual os artistas passaram a assinar suas obras abandonando o tom humilde e o anonimato medieval.
Dentre outros podemos destacar: Niccoló Pisano (1260) inspirou-se num sarcófago conservado no campo santo da cidade e que representava Fedra e Hipólito. Brunelleschi (1401) dá ao condutor de asnos do sacrifício de Abrão a postura do rapaz a tirar um espinho helenístico. Jacopo Della Quércia ao esculpir o túmulo de Ilaria Del Caretto, pôs sob a jazente, de linha ainda medieval, uma base ornada de putti ligados por grinaldas: uma inovação sem precedentes. Bernardo Roselino, [1444] ao erguer em Santa Croce de Florença o monumento funerário do humanista Leonardo Bruni, Platão, Mestre de Alberti, isto é no apogeu do renascimento inspirador da mais variadas manifestações artísticas. Sugere o ritmo e a forma das cúpulas e das igrejas de planta central".

UNIVERSIDADE DE COIMBRA