sexta-feira, 22 de junho de 2007
Notas(1) Para la relación entre el hermetismo y la "revolución copernicana", consultar el artículo de Darcy Woodall: "Una astrología hermética. Del Renacimiento al comienzo de la Edada Moderna" (volver)(2) Marsilio Ficino (1433-1499), filósofo, mago, traductor, sacerdote e ingenioso escritor, fundador de la Academia Florentina, fue el artífice del apogeo del neoplatonismo en el Renacimiento. (volver)(3) Giulio Camillo Delminio fue uno de los personajes más famosos del s. XVI por su construcción de un modelo de teatro de tamaño natural y su obra "Idea del Teatro" (publicada en Venecia 1550). Su teatro era de hecho una construcción para la memoria que representaba el orden de las verdades eternas y presentaba los diversos estadios de la creación, desde la Primera Causa hasta el hombre, pasando por el plano angélico y las esferas planetarias. (volver)(4) Nombre de una obra "mnemotécnico-mágica" de Giordano Bruno (volver)(5) Metrodoro de Escepsis, pensador griego que, de acuerdo a Quintiliano, basaba su arte de la memoria en el zodiaco, y "que profesaba el arte de repetir con fidelidad lo escuchado una sola vez", según escribió Jorge Luis Borges en su notable relato "Funes el memorioso" (volver)(6) Obra retórica/mnemotécnica que durante la Edad Media se atribuyó (falsamente) a Cicerón.(volver)(7) Obra de Giordano Bruno. (volver)(8) Colección de tratados gnósticos de los s.II-III d. C. Si bien el Asclepio fue ya conocido en Occidente durante la E. Media gracias a una traducción latina atribuida a Apuleyo, el Poimandres fue traducido del griego por M. Ficino, y tuvo a partir de entonces gran auge y difusión. (volver)(9) "gran milagro", expresión con la que se refiere al Hombre el Asclepio, y que fue retomada por Pico della Mirandola en su Tratado sobre la diginidad del hombre*Reflexiones tomadas de:Yates Frances A., El Arte de la Memoria (Madrid, Siruela, 2005)Yates Frances A., Giordano Bruno y la Tradición Hermética (Barcelona, Ariel, 1983) (*)
Etiquetas: Ciencia y Religion, Giordano Bruno, Hermetismo, Metafisica
IMAGENS DE SEDUÇÃO
Imagens de sedução na pedagogia.
“A sedução como estratégia profissional”*
Clermont Gauthier
Stéphane Martineau
“A sedução como estratégia profissional”*
Clermont Gauthier
Stéphane Martineau
"Desde o princípio do século V, ao apresentar os ensinamentos fundamentais para a
formação do bom cristão, Santo Agostinho percebeu a eficácia da linguagem e dos signos
não verbais no processo de transmissão da mensagem cristã. Em seu tratado De doctrina
christiana ele formulou as noções preliminares a respeito do símbolo e da interpretação
simbólica que viriam a ser aceitas no medievo. Estabeleceu a distinção fundamental entre
os signos (signa) e as coisas (res), os primeiros vindo a ser a referenciação da “coisa”,
mas, conferindo a esta “coisa” um certo sentido". Os primórdios da kinésia moderna.
formação do bom cristão, Santo Agostinho percebeu a eficácia da linguagem e dos signos
não verbais no processo de transmissão da mensagem cristã. Em seu tratado De doctrina
christiana ele formulou as noções preliminares a respeito do símbolo e da interpretação
simbólica que viriam a ser aceitas no medievo. Estabeleceu a distinção fundamental entre
os signos (signa) e as coisas (res), os primeiros vindo a ser a referenciação da “coisa”,
mas, conferindo a esta “coisa” um certo sentido". Os primórdios da kinésia moderna.
(...)
O QUE NIETZSCHE TEM A DIZER SOBRE OS SANTOS?
ascese não passa de um orgulho por trás das virtudes cristãs que revela uma vontade de ter poder
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Taí: as biografias de santos - humanistas - imperadores - reis (literatura biográfica)
efígies emblemas de personalidades e famílias florentinas nobres (os Gonzaga)
a questão do poder
a corrente do hermetismo (Giordano Bruno, franciscanos - os neoplatônicos)
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Taí: as biografias de santos - humanistas - imperadores - reis (literatura biográfica)
efígies emblemas de personalidades e famílias florentinas nobres (os Gonzaga)
a questão do poder
a corrente do hermetismo (Giordano Bruno, franciscanos - os neoplatônicos)
quinta-feira, 21 de junho de 2007
SIGNO SÍMBOLO SIGNIFICANTE SIGNIFICADO: A MORAL DAS CORES


"A tese que procuraremos enunciar passa pela compreensão de que os painéis não são nem um simples retrato de família e de veneração de um santo, nem um poço de numerologias e cabalismos. Parecem ser uma charada intencional, velha de cinco séculos, destinada a ser decifrada por quem estiver de posse das chaves necessárias. Essas chaves encontram-se na história do séc. XV português, na codificação simbólica característica da pintura flamenga coeva, e no simples exame racional dos múltiplos elementos aparentemente absurdos que cobrem os seis painéis de uma ponta a outra, unificando-os sem margem para dúvidas, em oposição aos restantes painéis atribuídos a Nuno Gonçalves (a «Coluna», a «Aspa», e os quatro Santos), que parecem distinguir-se apenas pela mais completa simplicidade e ausência de elaboração simbólica".

"São Cristóvão é o protetor dos motoristas e dos viajantes. Viveu provavelmente na Síria e sofreu o martírio no século III. "Cristóvão"significa "Aquele que carrega Cristo" ou "porta-Cristo". Seu culto remonta ao século V. De acordo com uma lenda, Cristóvão era um gigante com mania de grandezas. ele supunha que o rei a quem ele servia era o maior do mundo. Veio a saber, então, que o maior rei do mundo era Satanás. Colocou-se pois, a serviço deste. Informando-se melhor, descobriu que o maior rei do mundo era Nosso Senhor. Um ermitão mostrou-lhe que a bondade era a coisa mais agradável ao Senhor. São Cristóvão resolveu trocar a sua mania de grandeza pelo serviço aos semelhantes. Valendo-se da imensa força de que era dotado, pôs-se a baldear pessoas, vadeando o rio. Uma noite, entretanto, um menino pediu-lhe que o transportasse à outra margem do rio. À medida que vadeava o rio, o menino pesava cada vez mais às suas costas, como se fosse o pedo do mundo inteiro. Diante de seu espanto, o menino lhe disse: "Tiveste às costas mais que o mundo inteiro. Transportasse o Criador de todas as coisas. Sou Jesus, aquele a quem serves"".
Viveu em 251 DC e é o patrono dos viajantes e é um dos "Quatorze Santos Ajudantes" que apareceram para Santa Joana D’Arc. Um mártir, São Cristóvão chamado Kester morreu em Lycia, na Ásia Menor (atualmente Turquia). Diz a tradição que ele era um homem muito forte que ajudava as pessoas a cruzarem o rio. Um dia um menino pediu para ajudá-lo e São Cristóvão colocou-o nos ombros e começou a atravessar o rio. A cada passo a criança ficava mais pesada e São Cristóvão se esforçava ao máximo para salvar o menino. São Cristóvão disse a criança que estava muito difícil e que parecia estar carregando o mundo! E a criança respondeu:" Não fique surpreso! Você está carregando o mundo, você carrega o criador do mundo nos ombros! O menino era Jesus!Por isso São Cristóvão é invocado por todos antes de fazerem uma jornada. Raramente se vê um táxi ou ônibus sem a medalhinha de São Cristóvão em alguns lugar do painel".
* São Cristóvão, que saiu incólume da fornalha e sarou imediatamente das flechas com que o atravessaram. Por fim alcançou o martírio sendo decapitado à espada (É muito típica este respeito divino à intervenção direta do homem).
saints and their emblens
H. Gunther, se preocupa em descobrir supostas origens pagãs para as práticas de devoção a ele, na Idade Média.
FAMÍLIA FRANCISCANA NO BRASIL

"Até os inícios do século XX pode-se dizer que a vida de Clara era conhecida somente através de biografias cheias de devoção, baseadas sobre a sua Legenda, ora atribuída a São Boaventura ora a Tomás de Celano. Mas vamos elencar alguns momentos que alavancaram o conhecimento da nossa Mãe fundadora"
1) (pintura renascentista e literatura do realismo e do romantismo – o nascimento do indivíduo)
Retrato e biografia:
Biografia dos santos – legenda aurea – virtudes x pecados – o castigo dado à falta moral do santo. Como ele morre, por que dor e de que ele é chamado a curar (força-magia de mal e de bem, de cura ou doença, de sorte ou mau agouro. O puro e o impuro de Bataille e a feitiçaria de Lévi-Strauss). Esse foi um ensinamento retórico passado (por Santo Inácio ou Agostinho?) pelo livro – os exempla. O retrato do santo, sua personalidade. Vou fazer sobre São Cristóvão.
Biografia dos imperadores
Biografia dos humanistas (nobreza italiana, francesa e inglesa)
X
Etnografia: AS RELÍQUIAS ex-votos (esculturas e fotografia – linguagem e significado simbólico/imagem-genealogia e significado simbólico: partes do corpo como oferenda pra comunicar/trocar fé por destino entre deus e devoto - presença maior da cabeça ligada à alma – não se trata aqui de uma lembrança/memória, mas de uma mimese. Uso parecido que identifica a alma do morto com a máscara mortuária é no Egito, para achar o caminho além morte no mundo do hades; a escultura grega nas residências reverenciava um antepassado sumério, e assim como nas esculturas buscavam o modelo e não a fidedignidade dos traços da pessoa real; a escultura romana homenageava uma liderança, tendo a preocupação com o naturalismo, tirando os detalhes defeituosos)
A QUESTÃO DA SALVAÇÃO (UTOPIA DE SANTO AGOSTINHO/DANTE)
Personalidade e as expressões do rosto nos emblemas/inscrições
Indivíduo/pessoa/autoridade/poder/realismo e romantismo
Savater/lombroso/le brun/decartes/
2) Literatura utópica
Jardins
3) arte da memória
a imagem
a representação
corpo/cabeça/emoções/alma – simbologia do corte da cabeça
ícone: como representar o que não pode ser representado?
Disfarce da divindade sob a forma de animais : a pomba simbolizando o espírito santo
Religião: os-ex votos (objetos artísticos)
Retrato, máscara mortuária, escultura (busto), pintura, numismática, selo, camafeu, retrato de família (fotografia)
O objeto de culto
O objeto de arte
Retrato e biografia:
Biografia dos santos – legenda aurea – virtudes x pecados – o castigo dado à falta moral do santo. Como ele morre, por que dor e de que ele é chamado a curar (força-magia de mal e de bem, de cura ou doença, de sorte ou mau agouro. O puro e o impuro de Bataille e a feitiçaria de Lévi-Strauss). Esse foi um ensinamento retórico passado (por Santo Inácio ou Agostinho?) pelo livro – os exempla. O retrato do santo, sua personalidade. Vou fazer sobre São Cristóvão.
Biografia dos imperadores
Biografia dos humanistas (nobreza italiana, francesa e inglesa)
X
Etnografia: AS RELÍQUIAS ex-votos (esculturas e fotografia – linguagem e significado simbólico/imagem-genealogia e significado simbólico: partes do corpo como oferenda pra comunicar/trocar fé por destino entre deus e devoto - presença maior da cabeça ligada à alma – não se trata aqui de uma lembrança/memória, mas de uma mimese. Uso parecido que identifica a alma do morto com a máscara mortuária é no Egito, para achar o caminho além morte no mundo do hades; a escultura grega nas residências reverenciava um antepassado sumério, e assim como nas esculturas buscavam o modelo e não a fidedignidade dos traços da pessoa real; a escultura romana homenageava uma liderança, tendo a preocupação com o naturalismo, tirando os detalhes defeituosos)
A QUESTÃO DA SALVAÇÃO (UTOPIA DE SANTO AGOSTINHO/DANTE)
Personalidade e as expressões do rosto nos emblemas/inscrições
Indivíduo/pessoa/autoridade/poder/realismo e romantismo
Savater/lombroso/le brun/decartes/
2) Literatura utópica
Jardins
3) arte da memória
a imagem
a representação
corpo/cabeça/emoções/alma – simbologia do corte da cabeça
ícone: como representar o que não pode ser representado?
Disfarce da divindade sob a forma de animais : a pomba simbolizando o espírito santo
Religião: os-ex votos (objetos artísticos)
Retrato, máscara mortuária, escultura (busto), pintura, numismática, selo, camafeu, retrato de família (fotografia)
O objeto de culto
O objeto de arte
A lição de anatomia de Andreas Vesalius e a ciência moderna
Eduardo Henrique Peiruque Kickhöfel
Andreas Vesalius de Bruxelas
De Humani corporis fabrica, Epitome, Tabulae sex
Organização: J. B. de C. M. Saunders e Charles D. O’Malley
Tradução: Pedro C. P. Lemos e Maria C. V. Carnevale
Ateliê Editorial/Ed. Unicamp/Imprensa Oficial SP, 268 págs.
Andreas Vesalius de Bruxelas
De Humani corporis fabrica, Epitome, Tabulae sex
Organização: J. B. de C. M. Saunders e Charles D. O’Malley
Tradução: Pedro C. P. Lemos e Maria C. V. Carnevale
Ateliê Editorial/Ed. Unicamp/Imprensa Oficial SP, 268 págs.

Storia dell’incisione del disegno e della grafica
Marzia Faietti
I disegni a penna di Andrea Mantegna e le incisioni di e da Mantegna.
Tecniche di simulazione della natura
"Andrea Mantegna introduziu seus famosos manuscritos em Pádua. Feliciano de Verona, compilou uma coleção de textos a Mantegna".
"Ninguém sabe onde, como ou porque as cartas de Tarot apareceram na Europa no final do século XIV. Barbara Walker afirma que "livros não encadernados (folhas soltas) de cartas de figuras foram largamente utilizadas no oriente para o ensino de doutrinas místicas para pessoas que não podiam ler". O mais antigo Tarot é formado pelas cartas de Baldini, atribuídas por tradição a Andrea Mantegna". Ver as cartas da Fortuna: sabedoria cósmica
Humanista riguroso, dejó su huella en el libro de las dos maneras características del Renacimiento: a través de las soberbias ilustraciones de uno de los primeros y mejores grabadores y a través de la elaboración de un tratado sobre la construcción de letras".
O MANUSCRITO VOYNICH
"ilustraciones de mujeres desnudas, plantas y constelaciones. Los vegetales que muestran no existen en la naturaleza, y la mayoría de los diagramas astronómicos son también desconocidos".
(...) "En la misma línea, Rugg opina que su sistema de analizar problemas complejos que requieren del conocimiento de especialistas en varios campos (en el caso del manuscrito, por ejemplo: lingüistas, historiadores, criptógrafos, medievalistas y filólogos) puede ayudar a aproximarse a otros misterios aún no resueltos que significan la diferencia entre la vida y la muerte para muchas personas. Las causas de enfermedades como el Mal de Alzheimer caen de lleno dentro de esta categoría de problemas científicos, y Rugg cree que su análisis de “zonas grises” puede ayudar a la ciencia a responder preguntas que en apariencia no tienen solución".
Voynich era um comerciante de livros raros para colecionadores que tinha entre seu acervo obras ilustradas a mão de Mantegna e Giotto ...
(...) "En la misma línea, Rugg opina que su sistema de analizar problemas complejos que requieren del conocimiento de especialistas en varios campos (en el caso del manuscrito, por ejemplo: lingüistas, historiadores, criptógrafos, medievalistas y filólogos) puede ayudar a aproximarse a otros misterios aún no resueltos que significan la diferencia entre la vida y la muerte para muchas personas. Las causas de enfermedades como el Mal de Alzheimer caen de lleno dentro de esta categoría de problemas científicos, y Rugg cree que su análisis de “zonas grises” puede ayudar a la ciencia a responder preguntas que en apariencia no tienen solución".
Voynich era um comerciante de livros raros para colecionadores que tinha entre seu acervo obras ilustradas a mão de Mantegna e Giotto ...
quarta-feira, 20 de junho de 2007
EGIPTOLOGIAS E ELEFANTES: capítulo do blog COCANHA que nos conta o romance de Polifilio

gravuras com mistérios e escrita hieroglífica + rebus comuns nas cortes renascentistas viraram charadas populares publicadas antigamente em jornais ao lado de palavras cruzadas.
a decifração dessas gravuras fica uma coisa erudita. Acessível apenas aos intelectuais e príncipes (usadas em suas empresas), assim como ilustram emblemas e incorporam a tradição hermética alquímica.
O que eu vejo aqui é uma interpretação laica e não religiosa do neoplatonismo de que faz parte Marcilio Ficino. Atenção para a forma. São poucos que conhecem seu significado. São poucos os iniciados.
(Curiosidade: "Na época do Renascimento, muitos pensadores e filósofos, como Marcílio Ficino e Giordano Bruno, sentiam-se atraídos pelo seu mistério, pela escrita hermética que se acreditava provir de lá e pelos seus indecifráveis hieróglifos (tidos por muito como alfabeto de Deus). Nada disso desejava Napoleão. Nem mistérios, nem catar almas danadas vagando pelas tumbas ilustres, nem tentar desvendar segredos insolúveis. Isso era coisa para hierofantes e para místicos. Orientou seus sábios para que tudo o que fosse encontrado nas areias e nas tumbas do Egito fosse arrolado, estudado e classificado segundo os últimos recursos da ciência. Fugia-se da superstição e do ocultismo. Acreditavam os cientistas que aquilo que não se sabia no momento seguramente seria revelado no futuro. A Razão é paciente e perseverante").
Escrita simbólica de Mantegna a Durher. Esforço de artistas e intelectuais para decifrar essa genealogia de hieróglifos. Criaram também suas própria composições em forma de enigmas.
ápice desse gosto pela escrita de enigmas: a novela de Polifilio. Novela de amor e arquitetura, de Francisco de Colonna.
"todo o humano é apenas sonho" e "recorda coisas digníssimas". Cada capítulo inicia com uma letra capital, a soma de cada uma no início de cada capítulo dá uma FRASE EM LATIM.
Polifilio é o herói do romance e é amante da beleza, representando-a como uma virtude e uma forma de conhecimento.
A BELEZA (AMOR)
Nossa! Que trágico tem essa história: o garoto Políbio conquista a amada Polia nos prazeres carnais, mas descobre que no final das contas foi tudo um sonho. Ela já tinha morrido, ele descobre! Que tétrico! Banho de água fria!
Isso é bem um pesadelo mesmo delirante!
No sonho passam arquiteturas fabulosas (jardins, ruínas com estátuas cheios de hieróglifos que vão dando pistas para matar a charada do "sentido metafórico daquele corpo arquitetônico e erótico-amoroso"). Ou seja todas aquelas imagens oníricas são metáforas pra uma verdade mais profunda que se deve desvendar pelos hieróglifos.
Escrita simbólica de Mantegna a Durher. Esforço de artistas e intelectuais para decifrar essa genealogia de hieróglifos. Criaram também suas própria composições em forma de enigmas.
ápice desse gosto pela escrita de enigmas: a novela de Polifilio. Novela de amor e arquitetura, de Francisco de Colonna.
"todo o humano é apenas sonho" e "recorda coisas digníssimas". Cada capítulo inicia com uma letra capital, a soma de cada uma no início de cada capítulo dá uma FRASE EM LATIM.
Polifilio é o herói do romance e é amante da beleza, representando-a como uma virtude e uma forma de conhecimento.
A BELEZA (AMOR)
Nossa! Que trágico tem essa história: o garoto Políbio conquista a amada Polia nos prazeres carnais, mas descobre que no final das contas foi tudo um sonho. Ela já tinha morrido, ele descobre! Que tétrico! Banho de água fria!
Isso é bem um pesadelo mesmo delirante!
No sonho passam arquiteturas fabulosas (jardins, ruínas com estátuas cheios de hieróglifos que vão dando pistas para matar a charada do "sentido metafórico daquele corpo arquitetônico e erótico-amoroso"). Ou seja todas aquelas imagens oníricas são metáforas pra uma verdade mais profunda que se deve desvendar pelos hieróglifos.
AMOR MUNDI
LIBIDO AEDIFICANDI
encaminham para um "corpo humanista" de realização e não contemplação (como os medievos).
As gravuras desse romance foram parar na decoração de arquiteturas e textos
SALA CAPITULAR DO CONVENTO DE SÃO PAULO DE PARMA
CLAUSTRO DE SANTA JUSTINA EM PÁDUA
CLAUSTRO DA UNIVERSIDADE DE SALAMANCA
OS ELEFANTES

Para dar forma a uma máxima (texto clássico) que fala dessa relação entre discórdia e concórdia, Colonna recorreu a uma fábula de Mercúrio, tomando assim o caduceu como símbolo pacificador da contenda entre duas serpentes.
Comparadas a gravura de Colonna (um rebus) com o medalhão de Salamanca vê-se que os lados do caduceu são antagonizados pelos elementos água e fogo.
parte inferior: gigantes elefantes de costas (razão x poder - discórdia) se transformam em formigas
parte superior: elefantes de frente (concórdia) se transformam de formigas em elefantes gigantes
ver no blog o outro exemplo do elefante.
O ESTADO ITALIANO E O INDIVÍDUO
BURKHARDT, Jacob. A Cultura do Renascimento na Itália. São Paulo: Cia das Letras.1991
riqueza humana representada na literatura e na arte com seus defeitos e virtudes, individualismo, retrato, personalidade facetada: biografia é marcada por diletantismos - "homens enciclopédicos".
GLÓRIA MODERNA
"Fora da Itália, as diferentes camadas sociais viviam cada uma por si, com suas respectivas noções de honra remanescentes das castas medievais. A gloria literária dos trovadores e Minnesänger, por exemplo, restringe-se ao interior da cavalaria. Na Itália, ao contrario, a igualdade das camadas sociais precede o surgimento dos tiranos ou da democracia.
A gloria moderna, deu-se principalmente através dos trabalhos de Dante, Mussato, Petrarca que foi responsável pela “Carta a Posteridade”.
Ligados ao culto da casa onde nasceram as celebridades encontram-se também seus túmulos, para as cidades tornou-se questão de honra possuir os ossos de celebridades nativas e estrangeiras ao contrario da Antiguidade, onde só eram famosas as residências de santos como São Francisco, por exemplo. Ao longo desses templos locais da fama para cuja ornamentação convergem ao mito, a lenda, o renome conferido pela literatura e a admiração popular. Esse novo elemento relativamente moderno passa a receber, pouco a pouco um tratamento cada vez mais enfático, os historiadores começam a inserir descrições de caráter em suas obras, dando origem a coletâneas de biografias dedicadas a seus contemporâneos famosos".
Itália = escola de injúrias presente na literatura (cantigas da poesia provençal, novelas, sonetos imitando os lamentos de amor de Petrarca - isso estava como que para as paródias dos gregos).
Florença = mercado da fama
Personagem mestre nesse escárnio é Aretino, de Roma.
O edifício e a tradição. A república intergeracional
Gustavo Pimenta de Pádua Zolini
Tatiana Harue Dinnouti ARQUITETURA/UFMG
http://html.rincondelvago.com/renacimiento_22.html *****
http://html.rincondelvago.com/pintura-renacentista-italiana.html *****
e-Art Magazine (pintura profana se apropria da religiosa): http://www.eartmagazine.com/readart.asp?f=&id=1681&cat=16&language=ita
riqueza humana representada na literatura e na arte com seus defeitos e virtudes, individualismo, retrato, personalidade facetada: biografia é marcada por diletantismos - "homens enciclopédicos".
GLÓRIA MODERNA
"Fora da Itália, as diferentes camadas sociais viviam cada uma por si, com suas respectivas noções de honra remanescentes das castas medievais. A gloria literária dos trovadores e Minnesänger, por exemplo, restringe-se ao interior da cavalaria. Na Itália, ao contrario, a igualdade das camadas sociais precede o surgimento dos tiranos ou da democracia.
A gloria moderna, deu-se principalmente através dos trabalhos de Dante, Mussato, Petrarca que foi responsável pela “Carta a Posteridade”.
Ligados ao culto da casa onde nasceram as celebridades encontram-se também seus túmulos, para as cidades tornou-se questão de honra possuir os ossos de celebridades nativas e estrangeiras ao contrario da Antiguidade, onde só eram famosas as residências de santos como São Francisco, por exemplo. Ao longo desses templos locais da fama para cuja ornamentação convergem ao mito, a lenda, o renome conferido pela literatura e a admiração popular. Esse novo elemento relativamente moderno passa a receber, pouco a pouco um tratamento cada vez mais enfático, os historiadores começam a inserir descrições de caráter em suas obras, dando origem a coletâneas de biografias dedicadas a seus contemporâneos famosos".
Itália = escola de injúrias presente na literatura (cantigas da poesia provençal, novelas, sonetos imitando os lamentos de amor de Petrarca - isso estava como que para as paródias dos gregos).
Florença = mercado da fama
Personagem mestre nesse escárnio é Aretino, de Roma.
O edifício e a tradição. A república intergeracional
Gustavo Pimenta de Pádua Zolini
Tatiana Harue Dinnouti ARQUITETURA/UFMG
http://html.rincondelvago.com/renacimiento_22.html *****
http://html.rincondelvago.com/pintura-renacentista-italiana.html *****
e-Art Magazine (pintura profana se apropria da religiosa): http://www.eartmagazine.com/readart.asp?f=&id=1681&cat=16&language=ita
RENASCIMENTO E ANTIGUIDADE: ROSTOS E PAISAGENS
"O abandono dos idealismos levou os artistas a observar a realidade quotidiana, o interesse pelo homem, seu corpo, sua face, mesmo sendo feia. Descobriram a paisagem e mostraram interesse pelos detalhes. Aspecto essencial do renascimento que se difundia por todo o continente europeu. Assim, o século XV reintegra, mesmo nas obras religiosas, o mundo dos homens, com suas misérias e as suas deformidades e fealdades. Era sensível a diversidades das faces humanas; descobriu-se nelas um tema inesgotável para a arte, então ao retratar o homem do dia a dia e a si mesmo, estudando os modelos, mostrando seus defeitos, suas imperfeições, não os retratando como algo belo e angelical, sendo o renascimento um movimento de regresso ao homem. Os artistas do século XV foram grandes humanistas e autênticos produtores da cultura nova.
As paisagens também se destacavam em seus detalhes minuciosos. Um exemplo disto é o Políptico do Cordeiro Místico, uma paisagem arejada e clara que pode parecer artificial, mas os botânicos já identificaram nela mais de cinqüenta espécies de flores e plantas. Juntamente com esta curiosidade científica, aprofundaram-se os estudos de iluminação. Assim, as pesquisas transformaram a arte européia entre os séculos XIV e XVII".
As paisagens também se destacavam em seus detalhes minuciosos. Um exemplo disto é o Políptico do Cordeiro Místico, uma paisagem arejada e clara que pode parecer artificial, mas os botânicos já identificaram nela mais de cinqüenta espécies de flores e plantas. Juntamente com esta curiosidade científica, aprofundaram-se os estudos de iluminação. Assim, as pesquisas transformaram a arte européia entre os séculos XIV e XVII".
LITERATURA LATINA NO RENASCIMENTO: UM CONTINENTE PERDIDO
"Cuando en Europa el latín supervivía fragmentada y disparmente en los documentos de médicos, burócratas, abogados y clérigos, los humanistas del Renacimiento se propusieron revivir las mejores tradiciones literarias del latín clásico, al que dieron una nueva vida. Con ese pulido y refinado lenguaje, quienes conformaron este movimiento intelectual, desde el Mediterráneo hasta el norte de Europa, sentaron las bases de muchas de las prácticas académicas e intelectuales que conocemos hoy. En la siguiente reseña, Anthony Grafton reseña algunas obras renacentistas publicadas por la Serie I Tatt: "Dispersos en bibliotecas y librerías, asignados en clase y recomendados en conversaciones, por generaciones estos volúmenes infectarán a los lectores con el sentido histórico y el cinismo político, el escepticismo y el idealismo, y el indeclinable amor por el latín de los humanistas del Renacimiento"".
Humanismo
Contexto Histórico
A crônica de Fernão Lopes
Poesia palaciana
O teatro de Gil Vicente
"Um melhor reconhecimento dos textos antigos:
É verdade que a Antigüidade nunca fora totalmente esquecida, mas tinha sido transformada. As monjas liam Ovídio, mas um Ovídio moralizado. No romance de Tróia ou de Enéias, em certas traduções de Tito Lívio ou de Valério Máximo, nas miniaturas, os heróis antigos eram cavaleiros e as deusas eram grandes senhoras vestidas à moda de Carlos VI ou de Carlos VII. Os humanistas, pelo contrario esforçaram-se – sem sempre o conseguir, é verdade - por encontrar uma Antigüidade mais autêntica. Os primeiros, a começar por Petrarca, foram, pois, principalmente, pesquisadores e colecionadores de manuscritos que encontraram as obras de Tácito, cartas de Cícero, peças de Plauto.
A restituição da dignidade, a uma escala nunca vista, às três grandes literaturas antigas (grega, romana e hebraica) foi, pois, uma realidade na época do renascimento. A este respeito o humanismo e a imprensa estiveram lado a lado, apesar de a imprensa ter, nessa altura, difundido um número considerável de obras que não refletiam a nova cultura".
Humanismo
Contexto Histórico
A crônica de Fernão Lopes
Poesia palaciana
O teatro de Gil Vicente
"Um melhor reconhecimento dos textos antigos:
É verdade que a Antigüidade nunca fora totalmente esquecida, mas tinha sido transformada. As monjas liam Ovídio, mas um Ovídio moralizado. No romance de Tróia ou de Enéias, em certas traduções de Tito Lívio ou de Valério Máximo, nas miniaturas, os heróis antigos eram cavaleiros e as deusas eram grandes senhoras vestidas à moda de Carlos VI ou de Carlos VII. Os humanistas, pelo contrario esforçaram-se – sem sempre o conseguir, é verdade - por encontrar uma Antigüidade mais autêntica. Os primeiros, a começar por Petrarca, foram, pois, principalmente, pesquisadores e colecionadores de manuscritos que encontraram as obras de Tácito, cartas de Cícero, peças de Plauto.
A restituição da dignidade, a uma escala nunca vista, às três grandes literaturas antigas (grega, romana e hebraica) foi, pois, uma realidade na época do renascimento. A este respeito o humanismo e a imprensa estiveram lado a lado, apesar de a imprensa ter, nessa altura, difundido um número considerável de obras que não refletiam a nova cultura".
... "A Antigüidade como fonte de Inspiração
O interesse dos artistas pelas esculturas e monumentos da antiguidade foi aumentando durante os séculos do renascimento. Naturalmente, manifestou-se na Itália mais cedo que nos outros países. Inspirando-se na Antigüidade, procurando captar a realidade do mundo físico, os pintores aperfeiçoaram a técnica da perspectiva.
O corpo humano era exaltado na escultura e na pintura, orgulhosos do seu trabalho individual os artistas passaram a assinar suas obras abandonando o tom humilde e o anonimato medieval.
Dentre outros podemos destacar: Niccoló Pisano (1260) inspirou-se num sarcófago conservado no campo santo da cidade e que representava Fedra e Hipólito. Brunelleschi (1401) dá ao condutor de asnos do sacrifício de Abrão a postura do rapaz a tirar um espinho helenístico. Jacopo Della Quércia ao esculpir o túmulo de Ilaria Del Caretto, pôs sob a jazente, de linha ainda medieval, uma base ornada de putti ligados por grinaldas: uma inovação sem precedentes. Bernardo Roselino, [1444] ao erguer em Santa Croce de Florença o monumento funerário do humanista Leonardo Bruni, Platão, Mestre de Alberti, isto é no apogeu do renascimento inspirador da mais variadas manifestações artísticas. Sugere o ritmo e a forma das cúpulas e das igrejas de planta central".
O interesse dos artistas pelas esculturas e monumentos da antiguidade foi aumentando durante os séculos do renascimento. Naturalmente, manifestou-se na Itália mais cedo que nos outros países. Inspirando-se na Antigüidade, procurando captar a realidade do mundo físico, os pintores aperfeiçoaram a técnica da perspectiva.
O corpo humano era exaltado na escultura e na pintura, orgulhosos do seu trabalho individual os artistas passaram a assinar suas obras abandonando o tom humilde e o anonimato medieval.
Dentre outros podemos destacar: Niccoló Pisano (1260) inspirou-se num sarcófago conservado no campo santo da cidade e que representava Fedra e Hipólito. Brunelleschi (1401) dá ao condutor de asnos do sacrifício de Abrão a postura do rapaz a tirar um espinho helenístico. Jacopo Della Quércia ao esculpir o túmulo de Ilaria Del Caretto, pôs sob a jazente, de linha ainda medieval, uma base ornada de putti ligados por grinaldas: uma inovação sem precedentes. Bernardo Roselino, [1444] ao erguer em Santa Croce de Florença o monumento funerário do humanista Leonardo Bruni, Platão, Mestre de Alberti, isto é no apogeu do renascimento inspirador da mais variadas manifestações artísticas. Sugere o ritmo e a forma das cúpulas e das igrejas de planta central".
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