http://www.potassioquatro.com/docs/leiloes/catalogos/P4041_catalogue.pdfCartão Cabinet
Outros Nomes
Carte boudoir
Definição
Formato de apresentação de fotografias sobre papel que surgiu na Inglaterra em 1866 como uma evolução do formato cartão de visita, tendo portanto o mesmo tipo de apresentação, mas num tamanho maior, razão pela qual era dito de cabinet, de gabinete. Outra denominação empregada para esse formato, inclusive aqui no Brasil, era carte boudoir, em referência àquelas salas íntimas de uso feminino características das residências oitocentistas. Muito utilizado até fins do século passado, esse formato apresentava fotografias de cerca de 9,5 x 14cm montadas sobre cartões rígidos de cerca de 11 x 16,5 cm. http://artephotographica.blogspot.com/2006/11/venda-2-o-que-foi.html
Experimentando todas as possibilidades de contração dos músculos faciais, Duchenne de Boulogne descreve uma tipologia das expressões: alegria, tristeza, desprezo, dor, medo. Uma "análise anatômica das paixões".
"Não por acaso as imagens estereoscópicas eram chamadas de "vistas" – em vez de "paisagens". Aí se localiza sua especificidade. O termo evoca a profundidade espetacular da imagem e a autonomia do lugar, recortado do contexto natural. Por isso as "vistas" eram – como os retratos – associadas às narrativas de viagem (colportage). Como as fisionomias e o folhetim, pertencem à mesma vontade de catalogação dos tipos e lugares, característica do século XIX.
As "vistas" eram guardadas em móveis com gavetas, semelhantes a um arquivo".

Desde o renascimento, com a perspectiva, as coisas eram percebidas como distribuídas no espaço. O olhar percorria a extensão vendo antes o que está em primeiro plano, depois o que vem mais atrás e só por fim o que está no fundo. O olhar avançava em profundidade, se fazia no tempo e no espaço. Aqui, ao contrário, tudo o que está em determinado lugar é percebido simultaneamente. O espaço perde suas coordenadas, o fundo se confundindo com o primeiro plano. Como faziam as histórias de folhetim da época – chamadas de colportage –, que mostravam terras exóticas como se fossem familiares, misturando o próximo e o longínquo, o passado e o presente. Tudo – tanto o que está na frente quanto ao fundo – é visto ao mesmo tempo".
QUADROS MECÂNICOS – Fisionomias urbanas por Nelson Brissac Peixoto - parte 2
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"... os antigos arquivos de vistas, gabinetes instalados nos interiores burgueses do século XIX. Vista, termo que foi designado pela prática estereoscópica – do inglês viewing, denota singularidade. Indica que o que está a ver, nada mais é, do que um ponto focal dentro de uma representação maior, mais complexa do mundo. As vistas que serviam à estereoscopia, eram fotografias da mesma paisagem tiradas de diferentes pontos do espaço, mas geralmente em torno de um mesmo eixo vertical. O estereoscópio, fabuloso aparelho da visão, dava profundidade a essas imagens, de modo que estas pareciam ser compostas de diversos planos escalonados ao longo de um declive, indo do mais próximo ao mais afastado".
Michele Finger
Fernando Fuão
Rosângela Rennó - Arquivo Universal e outros arquivos
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