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"A dimensão da aliança, com seus significados de compromissos e promessas, marca profundamente a simbólica bíblica da paz, como se pode notar em textos tais como Lv 26, 3-13, Sl 29,11; Is 26, 12; Nm 25,12; Nm 6,26. Esta mesma conotação de aliança dá origem aos mais conhecidos símbolos da paz: a pomba e o ramo de oliveira. O relato se encontra em Gn 8, dentro do ciclo de Noé e da narrativa sobre o dilúvio. Após os 40 dias de dilúvio, Noé soltou uma pomba para ver se as águas haviam baixado na superfície do solo. A pomba, não encontrando onde pousar, voltou a ele na arca. Sete dias depois, soltou novamente a pomba. À tarde, ela voltou a ele, tendo no bico um ramo novo de oliveira” (Gn 8,6-11). Após este relato, firma-se uma aliança entre a humanidade e Deus (Gn 9)".
Iluminuras
Artur Rimbaud
DEPOIS DO DILÚVIO
Assim que a idéia do Dilúvio sossegou,
Uma lebre se deteve entre trevos e campânulas cambiantes, e fez sua prece ao
arco-íris, através da teia de aranha.
Oh! as pedras preciosas que se escondiam, — e as flores que já olhavam.
Na grande rua suja açougues se abriram, e barcos foram lançados nos degraus
do mar lá no alto como nas gravuras.
O sangue correu, no Barba-Azul, — nos matadouros, — nos circos, onde o
selo de Deus empalidecia as janelas. O sangue e o leite correram.
Castores construíram. “Mazagrans” enfumaçaram os botecos.
Na imensa mansão de vidros ainda gotejantes, meninos de luto admiram
imagens maravilhosas.
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