
A luz do deserto nas carcaças de ossos de búfalos deixadas pela areia, o adobe feito à mão, que ela mesma amassou, para construir sua casa no deserto. Seus tons da casa, da porta, das janelas, e da escada ... trazendo todas as cores que só aquela luz podia lhe dar, e o contraste. Essa mulher longa de estrutura óssea larga, peniana, que me assombra. É bem uma personalidade idílica que eu sonharia ser! Sua organicidade entranhada na natureza ... uma vez fiz isso ... levei um bloco de papel de desenho pro Parque das Mangabeiras num domingo e sentei lá pra ver as palmeiras. Desenhei por quase duas horas. Experimentei os grafites dos lápis, e cada nuance de cor e prenúncio de forma que os gomos, palmas, anéis, frutos, pólens, ramagens pudessem me fazer desfiar ... Queria ter uma lupa ou um microscópio pra entrar em cada estrutura de colmo desenhando tranças até se abrirem simetricamente em dois longos ramos de abraço oferecendo coquinhos. Não satisfeita em olhar, tive que pegar ... e peguei no tronco, passei a mão no marrom, no verde, no cinza e fui descobrindo os tons. Depois uma pedra me chamou a atenção, um monte delas vindas de outro mundo. Não satisfeita me pus a caminhar ... encontrei uma serra, uma escada e

Nessa foto Stieglitz deve ter buscado a luz que Georgia usava em seus brancos ... um artista dos cinzas que também me comove com suas nuvens!
Nenhum comentário:
Postar um comentário