sábado, 31 de março de 2007

Nossa Senhora Aparecida






HISTÓRIA DA IMAGEM
"A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D.Pedro de Almeida e Portugal , Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto - MG. Convocado pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram a procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram. Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu. João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançou novamente a rede e apanhou a cabeça da mesma imagem. Daí em diante os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores.
Durante 15 anos seguidos, a imagem ficou com a família de Felipe Pedroso, que a levou para casa, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para rezar.A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças foram alcançadas por aqueles que rezavam diante a imagem. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. A família construiu um oratório, que logo tornou-se pequeno. Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava, e, em 1834 foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha). No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora "Aparecida" das águas".




Eu tenho essa história contada pela Fiinha (foto abaixo), gravada numa fita. Não deu pra transcrevê-la aqui porque estou sem gravador, mas, vou providenciar. Saudade dela! Ela é ex-madrinha do congado de Caranaíba, um grupo que sai também em Cristiano Otoni, na época fora da festa. É uma devota de Nossa Senhora Aparecida que sai ao lado do capitão Vicente. Ele levando o mastro da santa nos dias de festa.
Foto: Flávia
Mas, vou deixar o refrão de uma cantiga dedicada a Nossa Senhora que ela cantou pra mim. Custou a lembrar no início, tava enferrujada a cantiga, sem uso. Numa outra apareceu também muito a confusão com as palavras (pronúncia e significado): umas eram ininteligíveis mesmo, de tanto que o português tinha sido revirado na língua nativa africana (ainda usada pelos cantadores, ela garantiu). Aí tinha briga com a filha que é a madrinha atual, de como que era a letra do verso mesmo, e como era pronunciada. No final não tinha muito consenso! O divertido foi ver esse bate-boca enquanto a Fiinha passava um café pra gente na cozinha simples e apertada. Ela ali em pé, indo e vindo, eu e a filha e a sobrinha, sentadas à mesinha perto do fogão. E gente chegando! Cachorro ia, cachorro vinha, a porta da cozinha aberta pro quintal, com cheirinho de mato entrando do monte de planta com nomes na ponta-da-língua pra todas! A que mais fiquei xodó foi a 'chinelinho virado', e é mesmo, é que nem um chinelinho virado, uma coisa! Não aguentei de rir, e outros tantos nomes engraçados. Foi uma piada!
Pena que não tem som aqui!
"Ô beija-flor toma conta do jardim
Ô beija-flor toma conta do jardim
Vou mandá Nossa Senhora vim tomá conta de mim
Vou mandá Nossa Senhora vim tomá conta de mim"


Todo ano meu pai vai à procissão de Aparecida do Norte. Mas, ele é devoto mesmo é de São Judas Tadeu! Já tem uns anos que ele só faz promessa pra eu arranjar emprego! Coitado.




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