segunda-feira, 25 de junho de 2007

ESBOÇOS EX-VOTOS






Os olhos “espelho da alma”: leonardo da vinci
As sobrancelhas: melhor revelam as paixoes da alma, le brun
Os retratos
- na grécia ( “modelo” – não tinha fidelidade ao real. Retratos em estatuária se colocava nas casas de famílias para lembrar e reverenciar os antepassados sumérios (?))
- roma (famílias patrícias em retratos funerários; moedas, estátuas e camafeus de
estadistas;
- egito (el fayum – alma reconhece morto no retrato da máscara mortuária e figuras antropomórficas)
De qualquer forma o retrato está ligada à memória.
Tem ainda o que eram as moedas antes nas sociedades primitivas. Ou seja, as conchas, âmbar, braceletes, etc. Não era o retrato da pessoa, mas remetia a uma identidade do grupo (hierarquia e dominação – poder; ditava as regras da vida social – potlach, mana, - relação de troca simbólica) – a relação com a memória/tradição e poder
Sociedade (tribal) x indivíduo (estado)
A questão da autoridade/poder-política (que não passa – até mesmo no estado – pelo valor de troca mercantil, mas sim por relações de parentesco, ligado claro a poder econômico, no caso do renascimento à uma burguesia em ascenção). E a questão da construção do indivíduo pela vertente do autoritarismo. A questão passa por esses simbolismos de poder. Figuras heróicas, lugares sagrados, soberanos, centrais, unitários ... um ideal de cidade (democrática/autoritária monárquica/autoritária oligárquica ...)
Moeda (em todos os seus tipos: moeda mesmo, bens de troca primitivos, filatelia –selos - com seus emblemas e estampas) + retratos (mortuários, comemorativos como estatuária, camafeus)
Estamos falando de SÍMBOLO, EMBLEMA, REPRESENTAÇÃO, ALMA/CORPO nos ritos funerários – PERSONALIDADE/VIRTUDE no culto aos antepassados, ou personalidades de famílias nobres ou estadistas vivos ou mortos
O rosto: as expressões da alma (le brun) – quatro personalidades básicas: colérica, fleumática, ...
2 antagonismos básicos: alegria x tristeza
Afeto
Espelho de príncipes – modelo moral de virtudes (prudência: destaca-se). Apóia-se num sistema anterior de retórica cristã da idade média que dividia alma x corpo numa viagem – paraíso, purgatório, inferno em busca de salvação eterna no outro mundo.
A glória – já é uma coisa desse mundo. Um gozo do reconhecimento do valor pessoal entre os pares enquanto vivo. A glória terrena vivida e celebrada pelos imperadores.
GLÓRIA – coisa dos florentinos cheios de escárnio e arrogância
Culto à personalidade: suas predileções pessoais pra provocar suas reminiscências no studiolo. Generalidades de um particular. Objetos de coleção particular gerais, mas classificados (naturais, científicos ou artísticos e exóticos do novo mundo)
Essa viagem interna hoje comigo como é possível? Meu diário. Um diário pessoal com minhas lembranças, meus objetos de sinestesia, meus objetos sensoriais. E que jardim ideal é o meu? Que utopia construo? Que lugares e frases para serem lembrados? Que sistema de memória? Arquitetônica? Hermética a la giordano bruno? Ou a la Lull?
O ex-voto é uma troca simbólica – tem o retrato ali, na fotografia, na escultura de rosto e de corpo inteiro como estátua, a mimese do corpo pra reconhecer nas partes do corpo com as chagas. Tem um sistema de retrato ali, de identidade, de negociação de poder de cura em invisibilidade. SISTEMAS DE CURA. Uma entidade religiosa (mágica), ausente, mas em ação pela crença, presentificação por objetos de troca, intermediários do recado a ser enviado e da graça a ser recebida. ATRAVÉS DOS OBJETOS ... MAGIA

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