o vermelho de Lorenzetti e de Boticelli na composição chamaram minha atenção!
Em "Sob o Sol de Toscana" a autora Frances Mayes menciona porque as cores dos pintores italianos renascentistas são tão vibrantes! É por causa do sol que inunda a Toscana, e que ali vibra forte e intenso, fazendo as cores primárias saltarem à nossa frente. E tem ali também toda uma relação das atividades agrárias com o fim do Solstício de Inverno e as festas que acontecem por lá. Sem deixar de se louvar o lugar da mesa, e da adoração às madonas nas beiras de estrada, em que ficam postadas em 'grutas' enfeitadas de flores pelos peregrinos de passagem ou nativos da região. É uma viagem encantadora, tão brilhante quanto "Bramasole", como dizia a musa de Felinni em La Dolce Vita. Incluse Mayes começa o livro revelando-nos a origem latina de Bramasole, o que não é difícil advinhar! Mas, leiam o livro pra ver. Seu passeio é de uma visão íntima e arguta, cheia de sensibilidade, de uma experiência real que ela teve, caminhando pelos lugares marginais à cultura oficial de pedra, e ao mesmo tempo perfazendo roteiros de vida e obra de pintores, como Fra Angélico e Signorelli. É um livro saborosíssimo, bem mais aliás que o próprio filme blasé que eu adoro.
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