sábado, 9 de junho de 2007

O JARDIM

O que pode ter esquecido um jardim?
Quais são seus cacos?
Praça Rui Barbosa
Seus habitantes hoje. Seus anônimos.
Uma fantasia com a praça. Com seus leões, fontes, deusas, árvores palmeiras, alameda, estaçoes primavera, verão, inverno, outono. O seu feminino e sua moral, bestiário. O que o Leão nos ensina, e onde ele está na praça viva hoje? O que o amor nos ensina e onde ele está na praça hoje?
O que foi a praça um dia? O jardim de um lugar público? E antes dele ser público esse jardim não estava pendurado nas salas de visitas das famílias aristocráticas em pinturas de paisagem? Pego então a pintura de paisagem inspirada na vila da Rotonda, e o projeto de um paisagista inglês que se inspirou nessas paisagens.
Aqui no Brasil, a paisagem vai para os jardins na frente das casas de famílias aristocráticas dos bairros mais nobres da cidade.
... E os jardins de inverno? Onde estão, de onde vieram? Uma amiga mesma morou numa casa onde tinha um jardim de inverno, que ficava como uma parte inútil dentro da casa, mas que adornava e era de tom aristocrático. A decoração de interiores! As mesas de "chumbo" (?) pesadas (!) que não dava pra carregar quase. Com desenhos clássicos gregos mesclados ao arte-deccó, e a tinta branca que escondia a ferrugem. Eram figuras florais trabalhadas em ferro maciço. As cadeiras vazadas no encosto e no assento com esses adornos florais. Era um luxo na casa de uma família burguesa básica como a dela!
Os jardins de residências. A relação dos moradores com a casa, a família, o jardim.
A Praça Rui Barbosa
Registros da Praça que não os oficiais. Minha passagem por ela. Uma conversa com quem freqüenta e tem história pra contar. Personagens esquecidos da Praça: o lambe-lambe.
A fotografia de lambe-lambe, e isso não é a praça? Esses anônimos todos presentes nela e que passaram por ela? As fotos esquecidas, fora dos arquivos, contam histórias anônimas.
A ausência do lambe-lambe é uma memória a ser construída.
Os jardins anônimos da cidade. Que linguagem inventam diferente dos jardins na frente dos palácios, museus e residências aristocráticas?


E como seria um jardim para deficientes visuais?


O JARDIM SENSORIAL

"os jardins sensoriais olfativos – comumente conhecidos como jardins aromáticos e/ou de ervas – de influência medieval também podem ser utilizados. Nestes jardins é possível sentir o agradável aroma das ervas e temperos caseiros, além de servirem no preparo de receitas culinárias e temperos em geral. As espécies mais utilizadas são o alecrim, hortelã, manjericão, salsinha, cebolinha, gengibre, coentro, além de ervas que servem para ungüentos e chás, como camomila, erva doce, erva-cidreira, dentre outras".

melissa


fonte de bambu (jardim oriental)

Placas em braile identificando as plantas, oficinas de artesanato e jardinagem.
O JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=16&Cod=130


Jardim como biosfera, como projeto, sonho, unidade, casa, gaia, símbolo, um lugar do nosso ideal, uma ética de ser.
O criador na Gênese ofereceu aos homens a casa como jardim.

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