"O abandono dos idealismos levou os artistas a observar a realidade quotidiana, o interesse pelo homem, seu corpo, sua face, mesmo sendo feia. Descobriram a paisagem e mostraram interesse pelos detalhes. Aspecto essencial do renascimento que se difundia por todo o continente europeu. Assim, o século XV reintegra, mesmo nas obras religiosas, o mundo dos homens, com suas misérias e as suas deformidades e fealdades. Era sensível a diversidades das faces humanas; descobriu-se nelas um tema inesgotável para a arte, então ao retratar o homem do dia a dia e a si mesmo, estudando os modelos, mostrando seus defeitos, suas imperfeições, não os retratando como algo belo e angelical, sendo o renascimento um movimento de regresso ao homem. Os artistas do século XV foram grandes humanistas e autênticos produtores da cultura nova.
As paisagens também se destacavam em seus detalhes minuciosos. Um exemplo disto é o Políptico do Cordeiro Místico, uma paisagem arejada e clara que pode parecer artificial, mas os botânicos já identificaram nela mais de cinqüenta espécies de flores e plantas. Juntamente com esta curiosidade científica, aprofundaram-se os estudos de iluminação. Assim, as pesquisas transformaram a arte européia entre os séculos XIV e XVII".
quarta-feira, 20 de junho de 2007
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