domingo, 17 de junho de 2007
OS VESTÍGIOS DO DOCUMENTO E QUEM DÁ A VERSÃO
"Em princípio, é necessário ampliar a noção de documento para as diversas formas utilizadas para marcar os vestígios humano, como a arte, a arquitetura, a literatura, a linguagem (oral, escrita, simbólica). Sendo o documento resultante da construção humana e social, cabe ao historiador saber ler o que o texto (documento) deixa entender sem ter tido o interesse de demonstrar. O documento não fala por si. O historiador é que o faz falar. Nesse sentido o mesmo documento pode ser utilizado para fins diferentes dependendo da posição ideológica do historiador.Um documento que registra um assassinato, contém um fato. A análise desse fato será diferente tantos quantos forem os seus olhares. Como afirma Bloch, que um homem tenha assassinado outro homem é um fato, mas castigar o assassino supõe que se considere esse fato como coisa condenável, o que não passa de uma opinião, (1976; 122), com bem acreditava Raskólnikov, uma opinião em que não estão de acordo nem todas as civilizações nem tão pouco todas as culturas".
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