segunda-feira, 14 de maio de 2007

(...) "Mas as duas cenas mais belas estão nas cúspides que contam os milagres do santo. No lado menor da direita, Agostinho passeia com um livro debaixo do braço e encontra um grupo de peregrinos aleijados, todos apoiados em muletas. Aponta a eles a igreja, que é justamente a de São Pedro, como se vê na cena seguinte. A fachada é inconfundível, com suas arcadinhas cegas e seus grandes beirais. Os peregrinos já saíram e não trazem mais as muletas, pois o milagre aconteceu realmente, tanto que um deles não consegue conter a notícia e se afasta mais às pressas para levar a todos o anúncio. Encontramos outra aglomeração na cena do prior curado que celebra a festa de Santo Agostinho: o povo se apinha às portas da igreja, até os ramos das árvores parecem contagiados pela alegria, enquanto o escultor minucioso faz despontar também, nesse pequeníssimo espaço, a si­lhueta dos dois sinos que parecem soar em plena festa, como os sinos de Manzoni que aco­lhiam o cardeal Frederico".

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