sábado, 26 de maio de 2007

Praça Rui Barbosa




veja aqui mais informações sobre as estátuas

Fotos: domingo 27

Praça Rui Barbosa
Aquilo tá parecendo um zoológico com tanta grade.
Essa sim é a praça dos namorados, e da soneca. O território é dos postes e bancos, mas quem ganha mesmo são as grades de proteção dos monumentos ilhados, sem nenhuma vegetação ao redor. Só o leão ou a deusa , ou a fonte sem nenhuma estatuária, livres e solitários em seus recintos. Não há verde! Parece que a intenção também é não interromper a moldura que as fachadas dos edifícios públicos ao redor dão à praça. Assim como os pontos de fuga de horizonte que vão encontrar os altos edifícos do centro contrastando com o céu, e dando uma ilusão de centralidade.


A Praça da Estação

Em relação à zorra que era, está limpa, sem interferência de equipamentos urbanos demais. O espaço é todo do pedestre e o desenho da calçada domina. O Edifício do Museu Artes e Ofícios agora parece pequeno em relação a tanto espaço em volta. É a praça dos transeuntes, ambulantes e camelôs - pipoqueiros, principalmente. E aquela tonelada de aparelho de som ...! E, pelo amor de Deus, que é isso de evangélico tomando conta do lugar no sábado! Estavam curando câncer em plena tarde de sábado do alto falante! Praça democrática!
a Praça da Estação



Policiamento e faixas de sinalização para veículos coletivos e pedestres
Passarela liga alameda de palmeiras da Praça Rui Barbosa a monumento da Praça da Estação

a alameda de reunificação da praça

... fontes, palmeiras, alamedas, recintos, animais selvagens como o leão, e deusas, a natureza controlada. Vou lá dar uma olhada nisso. Vamos investigar como é a deambulação aqui! De um monumento a outro, passando pelas alamedas, que circundam os recintos, se dirigindo para a alameda central de palmeiras, de onde o viajante é levado por um tapete listrado branco e rosa até o monumento dos que abriram caminho para as minas gerais. Onde o afeto?

"[Iluminismo p.82]) Jean Delumeau chama a atenção para o interesse que essa "doença da alma" provocou entre 1480 e 1650. Para Marsilio Ficino, a melancolia é a paixão que investe contra os limites do livre arbítrio, limites impostos pelos humores do corpo e pelas influências planetárias. O Barroco considerava uma tristeza excessiva como decorrência de um humor corrompido, um desequilíbrio na proporção da fleugma, da bílis amarela ou da bílis negra na corrente sanguínea. As correspondências entre os quatro humores e os quatro elementos da natureza, determinam os quatro temperamentos humanos. O sanguíneo correspondendo ao ar, ao Zéfiro, à primavera e à primeira juventude, dominante entre as três horas da madrugada e nove horas da manhã. O fleumático correspondendo à água, ao Austro, ao inverno e à velhice, dominante entre nove horas sa noite e três horas da madrugada. O colérico, correspondendo ao fogo, ao Euro, ao verão e à maturidade, dominante entre as nove horas da manhã e três horas da tarde. O melancólico correspondendo à terra, ao Bóreas, ao outono e à idade declinante, dominante entre as três horas da tarde e as nove horas da noite. A melancolia é uma doença da região abdominal, onde se acumula a atrabílis cujos vapores tóxicos entorpecem o cérebro. [Iluminismo p.83] A partir da Renascença, a melancolia passa a ser considerada uma doença da imaginação. Para combatê-la a magia naturalis se vale das influências dos astros e dos elementos da natureza. [Iluminismo p.88] A tradição médico-filosófica considerou-a como uma "doença do olhar". Os teólogos nela reconheciam a ação do demônio, cujo poder faz mergulhar a alma em uma tristeza que a afasta do serviço de Deus e da meditação da Sua obra. [salta para Iluminismo p.89] Com o Barroco, a angústia melancólica encontra seu fundamento ontológico na desarmonia preestabelecida entre [Iluminismo p.90 ]a materialidade do corpo e a imaterial transcendência da alma".

O rapto de Proserpina - Rembrandt

"Perséfone é a personificação do Ciclo das Estações grego: ela passava quatro meses no Submundo, quatro no Olimpo e quatro na Terra (com sua mãe). Vale lembrar que os gregos só tinham essas três estações. Portanto, fico mais com a opinião um tanto inaceitável que um "rapto" tenha sido dignificado como ação que produz o ciclo das estações. Creio que essa interpretação é tardia, fazendo parte do período patriarcal grego, pois, de certa forma, justificava o rapto de jovens mulheres pelos soldados. Mas Perséfone tinha o "compromisso" com sua mãe, com Hades, com Olimpo. Entre outras coisas, se pegarmos Platão, perceberemos que ele faz uma associação entre Hades (o Esquecimento) e Dioniso (o Êxtase). Dionísio é uma divindade ligada ao êxtase; sua versão romana é Baco, ligado à bebida, que, de certa forma, também leva ao êxtase (quando na embriagues). Hades, por sua vez, é ligado ao submundo e à morte".
...



Flora: "Deusa das flores e dos jardins, entre os romanos. Era uma ninfa, das ilhas Afortunadas, que os gregos divinizaram sob o nome de Cloris, graciosa alegoria da primavera. Teve por esposo Zéfiro, para significar que as flores amam o ar suave e vivificador" (mitologia greco-romana).
"Apesar da Vênus romana não possuir os pudores de uma cidadã florentina do século XV, ela está pudicamente vestida como uma, ou como uma Santa seria por Botticelli vestida. Por cima dela, seu filho, o cupido (Eros, para os gregos), atira suas flechas de amor, com os olhos vendados. É tido que qualquer ser atingido por suas flechas, se apaixonará perdidamente pela primeira figura que ver, não importando o que ou quem seja, já que o amor é cego (olhos vendados). A chama de suas flechas é um símbolo da paixão que vive no sentimento que ela provocará.
Soberana no bosque, Vênus está um pouco atrás das demais figuras, como se deixasse passar seu séquito. Por cima dela, as laranjeiras se fecham em semicírculo como uma auréola que circunda a deusa, principal personagem do quadro.
A estranha figura masculina azul que surge alada num dos cantos da composição é Zéfiro, deus dos ventos. Ele penetra violentamente nos jardim, a ponto de curvar as árvores. Toda sua força é usada para perseguir a bela ninfa Clóris, que quase cai sobre a deusa Flora, um pouco à sua frente.
As ninfas em geral eram filhas de pai ou mãe divinos. Retratadas como belas mulheres, estavam associadas ao campo, ou à outras forças da natureza. Freqüentemente acompanhavam os séquitos dos deuses.
Essa cena misteriosa é proveniente de um texto da antiguidade, provavelmente o dos “fastos”, que se encontra no calendário romano dos festivais, o qual devemos a Ovídeo. O poeta descreve neste texto o principio da primavera como o momento em que a ninfa Clóris se transforma em Flora, a deusa das flores: “Eu era Clóris, a quem chamam Flora” – é assim que a ninfa começa sua narrativa, enquanto algumas flores escapam de sua boca. Zéfiro, lamenta-se ela, foi arrebatado por uma paixão selvagem ao vê-la. Assim, perseguiu-a e tomou-a à força para sua mulher. Porém, se dando conta de seus atos brutais, arrependeu-se, e para recompensá-la transforma-a na deusa das flores, rainha da primavera.

"As deusas Démeter y Perséfone representavam para os povos da antiguidade os poderes da natureza, a sua transformação e o surgimento cíclico" (veja mais).
Homero fala de uma região no sudeste da Europa em que as flores não murcham nunca e é sempre primavera".

(...) "As três dançarinas do outro lado da composição são na verdade as Três Graças, companheiras de Vênus. Ao lado destas, está Mercúrio, mensageiro dos deuses. Reconhecemo-lo pelas suas sandálias aladas, assim como pelo caduceu que tem na mão elevada, o bastão rodeado por duas serpentes, que é sua principal insígnea. Ele segura o caduceu ao alto, como se quisesse dissipar algumas nuvens negras que avançam em direção à Vênus".


"A arte da perfumaria é tão antiga quanto o fogo. O nome perfume deriva do latim pro fumum, que significa através da fumaça".


"Os vários cheiros da natureza não se podem fixar sem outras substâncias com qualidades, a fim de que o perfume perdure por muito tempo. São empregues fixadores que podem ter origem natural ou animal e óleos de flores, resina de árvores e compostos químicos.
O gato civetano — em extinção — tem a peculiaridade de produzir uma substância que cria numa bolsa situada entre o ânus e os testículos, que se chama civeta, que é um excelente fixador e modificador, ao lhe imprimir sensualidade.
Outros animais como o cervo almiscareiro do Himalaia ou os cachalotes geram substâncias odoríferas ótimas. Porém, perante o perigo de extinção destas espécies e o quanto caro é cuidar, reproduzir e extrair tais substâncias desses animais, a química reproduziu fixadores mais estáveis e a um custo mais razoável".

A POESIA, AS TRÊS MUSAS E A MEMÓRIA: o significado de arcádia

aletheia = verdade (mântica e justiça)

o sentido mântico = "água de memória" (poeta vivo)

a rosa de Grasse

JARDINS SUSPENSOS DA BABILÔNIA


Nenhum comentário: