"Para não decepcionar os habitantes, é necessário que o viajante louve a cidade dos cartões-postais e prefira-a à atual, tomando cuidado, porém, em conter seu pesar em relação às mudanças nos limites de regras bem precisas: reconhecendo que a magnificência e a prosperidade da Maurília metrópole, se comparada com a velha Maurília provinciana, não restituem uma certa graça perdida, a qual, todavia, só agora pode ser apreciada através dos velhos cartões postais, enquanto antes, em presença de Maurília provinciana, não se via absolutamente nada de gracioso, e ver-se-ia ainda menos hoje em dia, se Maurília tivesse permanecido como antes, e que de qualquer modo, a metrópole tem esse atrativo adicional que mediante o que se tornou pode-se recordar com saudades daquilo que foi".
bilhete-postal ou carta-bilhete com a alegoria da República. Aqui a História do cartão-postal.
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EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS E USOS DO CARTÃO-POSTAL
"Se a fotografia é inércia, associada ao cartão-postal adquire movimento. Nos apropriamos por meio da fotografia e compartilhamos por intermédio do cartão-postal: imagens viajantes".
"Em poucos anos se espalhou pelo mundo, chegando ao Brasil em 1880. No início não continha fotos ou desenhos, eram simples cartolinas pré-seladas onde se podia escrever a mensagem a descoberto, ou seja, sem a utilização de envelopes. Excelente veículo para mensagens curtas, pequenas noticia, boas lembranças e pequenos avisos, nasceu praticamente na mesma época do telefone mas, como este era raro e caro, passou a ser o meio mais simples e eficiente de comunicação entre as pessoas.
Alguns anos depois, quando começou a mostrar, numa das faces, desenhos e fotografias, sua popularidade aumentou e passou a ser objeto de colecionamento. A época áurea do cartão postal foi no início do século XX, de 1900 a 1930. Hoje ele continua muito utilizado como meio de propagar fotos de cidades, belas paisagens, igrejas, praias e empreendimentos turísticos os mais variados, como hotéis, pousados e resorts. Antigos ou modernos, os postais constituem valioso recurso para os pesquisadores de história, geografia, artes, arquitetura, meios de transporte, modo de vida, usos e costumes de povos e países. Esses simples retângulos de papel são portanto, instrumentos de preservação da memória do homem e suas realizações, da vida animal e vegetal".
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"Num pequeno pedaço retangular de cartolina, trocavam-se mensagens breves, acrescidas de uma imagem - cenários urbanos, eventos diversos, tipos populares ou personalidades.
(...) Um dos segmentos mais valorizados entre os cartofilistas internacionais é o que os colecionadores chamam de petit metieurs, cenas desimportantes do cotidiano, tipos folclóricos, lugares nada monumentais. Eram cartões de tiragem pequena e, portanto, hoje mais raros.
"É frequente encontrarmos provas coladas ou montadas em cartão. Alguns formatos e formas de apresentação generalizaram-se no século XIX e primeiros anos do século XX. A inscrição, sobre o cartão, do nome e morada, condecorações auferidas e clientes mais importantes do fotógrafo e de desenhos decorativos são vulgares. Esta forma comercial de apresentação generalizou-se depois de 1860. As designações e formatos mais usados foram:· O cartão de visita, em que a prova de 9 x 5.5 cm era colada em cartão de 10.5 X 6.5 cm, surgiu por volta de 1854 e foi muito popular nas décadas de 1860 e 1870. Os modelos mais antigos eram em cartão fino, escassamente decorado e de cantos rectos. Na década de 1870 apareceram as decorações mais elaboradas, em cartão mais grosso e de cantos arredondados.· O cartão cabinet, onde a prova de 14 X 10 cm era colada em cartão de 16.5 X 10.5 cm, de cantos arredondados, mais espesso e mais decorado que os cartões de visita. Este formato surgiu na década de 1860 e foi muito usado desde 1870 até ao final do século XIX; são frequentes os cabinets em papel directo de fabrico industrial de gelatina e colódio. · O cartão estereoscópico, de formato 11.4 x 17.8 cm, que permitia ver em relevo numa visionadora estereoscópica duas imagens semelhantes coladas lado a lado. Foi muito popular na década de 1860, tendo ressurgido várias vezes nas décadas de 1880 e 1890.· Outras designações e formatos de cartão existiram, sem a popularidade dos mencionados, como o Victoria, 8 x 12.5 cm, o Promenade, 10 x 18 cm, o Boudoir, 13.5 x 21.5 cm, o Imperial, 17.5 x 25 cm e o Panel, 21 x 10 cm.
O formato postal, com as dimensões 10 x 15 cm, foi muito popular tanto em provas fotográficas como fotomecânicas. As provas incluem no verso espaço para o endereço. Outra forma de apresentação de provas é dentro de um caderno ou capa em cartão, com a prova colada no interior; pode ter ou não um papel cristal protector da prova ou um cartão passe-partout. Com esta apresentação são vulgares as provas viradas a sépia.
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Minas de antigamente e Museu das Reduções
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