segunda-feira, 14 de maio de 2007

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Que nos ensina o dilúvio?

Por isso, o autor não tentou apresentar um facto histórico, mas um relato didáctico para ensinar uma mensagem religiosa. E se esse facto tivesse realmente acontecido não teria nenhuma importância.

Quer dizer, o autor encontrou na tradição a recordação desta história, deixando à tradição a responsabilidade da sua certeza. Apenas pretendeu apropriar-se dela, porque constituía um precioso material apto para transmitir uma lição religiosa.

Que mensagem nos transmite o episódio do dilúvio universal?

Em primeiro lugar, mostra como este se produz por culpa dos pecados do homem. Estes acumulam-se em toda a terra, de tal modo que a corrompem, a pervertem, e provocam a catástrofe. E com esta se regressa ao caos anterior à criação. Toda a ordem que Deus tinha estabelecido ao criar o mundo, pode ver-se destruída e regressar ao ponto zero pela irresponsabilidade dos homens.

"Não é verdade que o monoteísmo judaico-cristão não deu importância às questões ambientais, à vida animal e vegetal. Ler o texto bíblico é caminhar entre animais. Os mitos dos animais na arca de Noé ou da serpente falante do jardim do Éden (1), por exemplo, são fundadores de comportamentos individuais e sociais até os dias de hoje. Mais do que história, fazem parte da meta-história, sempre atual. As metáforas animais são utilizadas amplamente na Bíblia, em fábulas e parábolas, para ilustrar ensinamentos éticos, morais e religiosos. São episódios como o do burro falante de Balaão (Nm 22), o de Jonas, no ventre da baleia (Jn 2) ou ainda o dos pontualíssimos e dedicados corvos padeiros e açougueiros, alimentando o profeta Elias, Eliahú (2) (1Rs 17,6).O próprio Jesus nasceu num estábulo, cercado de animais, e vai citar aves dos céus, galinhas, raposas, jumentas e jumentinhos, galos, peixes, corvos, cães, porcos, abutres, águias e outros animais em seus ensinamentos. O livro da Revelação, o Apocalipse de João, está repleto de animais, reais e imaginários. A literatura farisaica (3) , o Talmude (4) e o Midrash (5) principalmente, e a tradição cristã, desde os Padres da Igreja (6) até os bestiários da Idade Média (7), deram grande valor aos ensinamentos éticos e morais, a partir das vidas dos animais. Os comportamentos dos mais diversos animais são modelos e inspiração para sábios e santos. Além de pura contemplação do divino, através da obra da criação, da "atmosfera ornada de pássaros (8) " nos dizeres da doutora da Igreja, Catarina de Siena (9) ".

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